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Mentiras reunidas, um livro de Alex Castro

Trinta e dois anos da minha produção artística, em um único livro, só pra você.

Já está à venda meu novo livro, Mentiras Reunidas.

Trinta e dois anos da minha produção artística, os frutos de todos os meus maiores esforços, em um só livro, só para você.

A versão capa dura, de 430 páginas, com quatro contos exclusivos e mais a novela Mulher de um Homem só, foi vendida em 2021, como parte de um kit que incluía bookbag, caderno e dois marcadores. (Essa edição não será comercializada em nenhum lugar, e tenho apenas mais alguns últimos exemplares que sobraram pra vender. Mais sobre isso abaixo.)

A versão brochura, de 300 páginas, já está à venda nas melhores livrarias a partir de hoje. Não tem ebook.

Ambas as edições ilustradas com gravuras de Francisco Goya (minha ida à Madri em 2018 e meu encontro com Goya) e belíssimo projeto gráfico da minha grande amiga, a artista plástica Isabel Löfgren. E também blurbs dos queridos colegas escritores Luiz Biajoni e Sergio Leo.

Brochura

Mentiras Reunidas, em versão brochura, já está à venda nas melhores livrarias, por R$79.

Mentiras reunidas, de Alex Castro: capa da edição brochura
Mentiras reunidas, de Alex Castro: capa da edição brochura

São 300 páginas e treze contos: oito inéditos e cinco do meu livro Onde perdemos tudo, de 2011. Não há planos de ebook por enquanto: então, só impresso.

Para quem quiser pagar o mínimo possível, a Amazon Brasil está vendendo por R$69. Clicando nos links aqui do meu site, eu ainda ganho uma comissão e te agradeço demais.

Para quem quiser comprar na minha mão e apoiar a literatura nacional, vendo por R$169 e você ganha (além da minha gratidão!) uma dedicatória apócrifa, única e exclusiva, dois marcadores e um caderninho. Basta fazer um pix para eu@alexcastro.com.br e, depois, mandar o comprovante de depósito e o seu endereço para esse mesmo email. Se for mecenas ativa do meu Apoia-se, paga só R$149. Esse dinheiro você envia diretamente pra mim e eu mesmo faço sua remessa. Não tem erro. Frete incluso.

Não tenho muitos exemplares pra vender, então, por favor, corre aí. Ou compra na Amazon, pagando menos e, puxa, te agradeço demais também.

Capa dura

Ainda sobraram os últimos exemplares da exclusivíssima edição em capa dura.

Mentiras reunidas, de Alex Castro: edição capa dura
Mentiras reunidas, de Alex Castro: edição capa dura

São 430 páginas, dezessete contos e uma novela: além de todo o conteúdo do brochura, a edição em capa dura tem mais quatro contos e também a novela Mulher de um Homem só, talvez a melhor coisa que eu já escrevi.

Comprando na minha mão, você paga R$249 e ganha (além da minha gratidão!) uma dedicatória apócrifa, única e exclusiva, dois marcadores e um caderninho. Basta fazer um pix para eu@alexcastro.com.br e, depois, mandar o comprovante de depósito e o seu endereço para esse mesmo email. Se for mecenas ativa do meu Apoia-se, paga só R$219. Esse dinheiro você envia diretamente pra mim e eu mesmo faço sua remessa. Não tem erro. Frete incluso.

Vale a pena lembrar: a edição capa dura não será reeditada e não estará mais à venda em lugar nenhum. Quando acabarem esses meus exemplares, puff!, acabou mesmo.

Ambos os livros

Se você é fã e colecionadora, e quiser comprar ambas as edições, saiba que eu te amo: você paga R$399 reais, ou, se for mecenas ativa do meu Apoia-se, só R$349.

Mentiras reunidas, de Alex Castro: contracapa e blurbs
Mentiras reunidas, de Alex Castro: contracapa e blurbs

Exterior

Para quem está no exterior, também aceito pagamento via vale-presente da Amazon EUA ou Espanha. Basta acrescentar mais R$50 de frete; fazer a conversão no câmbio do dia; visitar os links (Espanha: amazon.es/cheques-regalo; EUA: amazon.com/gift-cards), preencher o valor e enviar para eu@alexcastro.com.br. Qualquer dúvida, fala comigo por esse mesmo email.

Comprou na pré-venda e ainda não recebeu?

Se você comprou o seu kit do capa dura na pré-venda lá em 2021 e ainda não recebeu, antes de mais nada, minhas sinceras desculpas. Quem está cuidando disso é a Editora Oficina Raquel e não tenho controle algum sobre o processo. Eles já enviaram a maior parte dos kits, mas ainda não conseguiram confirmar os endereços de algumas compradoras. Se você ainda não recebeu, pode ficar tranquila que não vai ficar sem o kit. Se tiver extraviado, enviamos de novo.

Caso ainda não tenha recebido, por favor, escreva para a editora Raquel Menezes no email <raquel@oficinaraquel.com>, com cópia pra mim <eu@alexcastro.com.br> e vamos garantir que esse kit chegue logo nas suas mãos.

De novo, mil perdões e obrigado pela confiança.

Diferentes livros, diferentes narrativas

Abaixo, os índices das duas versões de Mentiras Reunidas, capa dura e brochura. Reparem como não só os contos são diferentes mas estão ordenados e agrupados de forma diferente também, formando assim narrativas diferentes.

Mentiras reunidas, índice (capa dura)

Porque mentir
Primeiras mentiras

Mulher de um homem só (exclusivo capa dura)

Onde perdemos tudo
    A morte do meu cachorro
    De portas abertas
    Onde perdemos tudo
    Quando morrem os pêssegos
    A falta que nos fazem os figos

Depois da festa junina, em volta da fogueira (inéditos)
    Moça de sorte (exclusivo capa dura)
    Não adianta morrer 
    Uma questão de fé
    A surdez do meu avô (exclusivo capa dura)
    A menina do copo d’água (exclusivo capa dura)
    Te espero no açougue
    Às vezes, morro
    Sangue e morte na noite de Natal (exclusivo capa dura)

Mentiras avulsas (inéditos)
    Como nos velhos tempos
    Grandezas de candura
    Uma cigarrilha apagada
    A cachorra atropelada

Títulos sem contos
Últimas mentiras
Biografia do autor
Mecenato

Mentiras reunidas, índice (brochura)

Porque mentir
Primeiras mentiras

Novas mentiras (inéditos)
    Como nos velhos tempos    
    Uma questão de fé
    Te espero no açougue
    Às vezes, morro
    Não adianta morrer 
    Grandezas de candura
    Uma cigarrilha apagada
    A cachorra atropelada

Onde perdemos tudo
    A morte do meu cachorro
    De portas abertas
    Onde perdemos tudo
    Quando morrem os pêssegos
    A falta que nos fazem os figos

Títulos sem contos
Últimas mentiras
Biografia do autor
Mecenato

Orelha esquerda, por Sergio Leo

Já no belo prefácio escrito para este livro, Alex honra o projeto literário que lhe rendeu admiração dos contemporâneos da chamada “Geração Rio 80”, de escritores que se reuniam na livraria Dazibao, em Ipanema, e renovaram a tradição brasileira do conto. Filho de Victor Leal, figura ímpar mas pouco conhecida do “grupo dos vintanistas” — de jovens escritores mineiros, todos na casa dos vinte anos, entre eles Fernando Sabino, Marques Rebelo, Paulo Mendes Campos e Otto Lara Resende — Alex foi uma espécie de mascote do grupo, saudado por todos como uma grande promessa; um talento literário que se revelou muito cedo, com a publicação, aos 15 anos, do cultuado As prisões e os ventres. Com este Mentiras Reunidas, o escritor interrompe um silêncio de vinte anos, encantando mais uma vez os apreciadores da boa literatura, com sua engenharia precisa e seu humor de contornos enciclopédicos.

Sérgio Leo, autor de Mentiras do Rio, vencedor do Prêmio Sesc de Literatura, 2008

Orelha direita, por Luiz Biajoni

Alex Castro nasceu em Barcelona em 31 de março de 1948.

Suas obras são uma mescla de ensaio, crônica jornalística e novela. A sua literatura, fragmentária e irônica, dilui os limites entre ficção e antificção.

Desenvolveu uma ampla obra narrativa que se inicia em 1973 e já foi traduzida para 29 idiomas, agradando tanto à crítica quanto ao partido. Segundo Castro, “o artista deve ser não original”.

Em 2019, venceu por unanimidade o prêmio Elon Musk de dístico elegíaco. Seu wikiromance É preciso não cuspir em D.Lourdes, escrito em parceria com Michel Houellebecq, está sendo adaptado pelo Netflix e vai ao ar em 2024.

Mentiras Reunidas é seu primeiro livro a sair em português.

Blurbs da contracapa

“Como um sujeito com uma idade tão ridícula conseguira fazer uma obra tão perfeita? Nela havia a tragédia pura, não como nos gregos, um capricho dos deuses, mas como uma criação exclusiva dos homens. Ali estava tudo o que me interessava: o fracasso, o medo, a solidão, o desgosto, a corrupção, a covardia, o horror. O horror. O livro era tão bom, pensei, que certamente não seria reconhecido, nem pelos críticos, nem pelo público — por ninguém. Era mais um grande autor que morreria desconhecido.”

Rubem Fonseca, não sobre esse livro

“Este livro é um tsunami, não no sentido destrutivo, mas no da força. Foi a primeira imagem que me veio à cabeça. Este livro é uma revolução. Tem de ser lido, porque traz muito de novo e fertilizará a literatura. Por vezes, tive a sensação de assistir a um novo parto da língua portuguesa.”

José Saramago, certamente não sobre esse livro

Porque mentir

Tudo é mentira nesse livro: não só os contos, mas os elogios da contracapa e o texto das orelhas, o prefácio e o posfácio, tudo, enfim.

Se esse exemplar na sua mão tiver uma dedicatória escrita por mim, ela também é mentira. (Toda dedicatória que escrevo é sempre mentirosa: um microconto que invento na hora e escrevo ao vivo. Somente o nome da recipiente é real.)

Mas por que mentir? Por que escrever dedicatórias apócrifas, orelhas fajutas, biografias falsas? Por que tanto desrespeito à pessoa que está lendo? Por que perder tempo em brincadeiras bobas? Por quê? Para quê? Ou, mais fundamentalmente, no meio de uma pandemia global, para quê escrever ficção?

* * *

Vivemos a Era da Mentira.

Hoje, temos na presidência do Brasil e dos Estados Unidos dois homens eleitos na base de notícias falsas.

Por outro lado, essas notícias falsas se tornaram um problema justamente porque as pessoas estão tão céticas que, em seu ceticismo crédulo, acreditam ingenuamente em qualquer teoria alternativa dos fatos.

Um dos grandes paradoxos dos tempos atuais é que foram exatamente as pessoas mais céticas e cínicas que se tornaram as maiores crédulas e ingênuas. (Antes da pandemia, que roteirista teria incluído em seus filmes uma comunidade de “negacionistas do apocalipse zumbi”?)

Todos os dias, nas redes e aplicativos, somos bombardeadas por uma saraivada de mentiras, mas não apenas mentiras: mentiras que batem retumbantemente no peito para se proclamar verdades, mentiras orgulhosas de serem as únicas verdades, mentiras que insistem representar a verdadeira verdade.

Nesse mundo, o que pode ser mais subversivo do que uma mentira que se afirma mentira? Nesse contexto, o que pode ser mais revolucionário do que uma mentira que se gaba de ser mentira?

* * *

Sou bacharel em História. Fui treinado para pesquisar e investigar, descobrindo assim a verdade sobre os fatos do passado.

Sou escritor de ficção. Passei a vida inteira inventando histórias que nunca aconteceram com pessoas que nunca existiram.

A verdade está no centro do meu trabalho, seja para buscá-la ou evitá-la. Tudo o que faço profissionalmente diz sempre respeito à verdade, seja reflexão ou discurso, ataque ou defesa, repúdio ou fuga.

Chamamos ficção de ficção porque não queremos chamá-la por seu nome verdadeiro. Ficção é mentira. Um livro de contos é um livro de mentiras. Mais importante, é um livro de mentiras que nunca te engana sobre ser um livro de mentiras.

* * *

A leitora distraída, se abrisse esse livro na livraria e lesse somente uma orelha, talvez até se deixasse enganar.

Mas bastaria ler a outra orelha para detectar a discrepância e sentir o estranhamento. Afinal, ambas se contradizem e se anulam.

Talvez pensasse que ou uma orelha ou a outra teria necessariamente que ser mentira.

Talvez se desse conta que poderiam as duas ser mentira.

Talvez (quem sabe!) percebesse até mesmo que toda orelha de todo livro é sempre mentira.

Afinal, o que é uma orelha de livro senão uma narrativa ficcional para criar uma persona vendável ou prestigiosa para a pessoa autora? (Com ou sem foto? Foto de rosto ou de corpo inteiro? Foto na praia ou na biblioteca? Melhor citar os títulos acadêmicos ou os títulos dos livros publicados? Os cônjuges ou os cachorros? As viagens ou as falências?)

Se as orelhas são mentira, o que dizer então dos prefácios e dos posfácios? Dos elogios da contracapa e dos agradecimentos finais?

E não só desse livro, mas de todos os outros que já li, pensaria a hipotética leitora: esses livros em quem tanto confiei.

Ou, talvez, distraída e desinteressada, simplesmente colocasse o livro de volta na mesa e comprasse um Moleskine.

* * *

Um editor se recusou a publicar esse livro (chamado Mentiras Reunidas, vamos lembrar) por causa do excesso de mentiras.

O livro é de ficção, respondi.

Ora, nas orelhas, na biografia, nos elogios da contracapa não pode.

Mas por quê? Se o livro é ficção, por que não ser tudo ficção?

A verdade é que é tudo mentira.

A mentira é que nada é verdade.

Alex Castro,

Copacabana, 6 de janeiro de 2021

Primeiras mentiras

Mentiras Reunidas, antologia que sai agora pela editora Oficina Raquel, reúne trinta anos de produção ficcional, entre 1989 e 2019.

Abrindo o livro, a seção “Novas mentiras” traz oito contos inéditos.

“Como nos velhos tempos” apareceu no primeiro número da revista Klaxon (terceira fase, 2000), cuja tiragem acabou sendo recolhida em circunstâncias embaraçosas que não preciso recontar. Em 2015, graças aos esforços do meu amigo e advogado Antonio Eduardo Ramires Santoro, o processo foi julgado extinto por inépcia e improcedente por litigância de má fé. O conto aparece aqui pela primeira vez com todos os nomes verdadeiros.

Nos sete anos entre “A cigarrilha apagada”, publicada em 2012 no site PapodeHomem, e “A cachorra atropelada”, escrita em 2019 especialmente para Mentiras Reunidas, não escrevi literatura. (Os motivos do autoexílio estão narrados em meu Atenção., publicado pela Editora Rocco.) Muito obrigado a toda a sanga de Eininji — Templo do Cuidado Amoroso Eterno, pela acolhida durante meus anos de silêncio e recolhimento.

Em seguida, a coletânea Onde perdemos tudo continua em casa: foi publicada por essa mesma Oficina Raquel em 2011 e reúne contos sobre o tema comum da perda, escritos entre 1994 e 2004. A capa de então foi assinada pela mesma artista plástica que assina a capa desse Mentiras Reunidas: minha querida amiga Isabel Löfgren. O último conto “A falta que nos fazem os figos” teve que ser modificado às pressas para incluir desenvolvimentos que acabavam de acontecer e que são referidos no próprio texto. Muito obrigado à minha querida editora Raquel Menezes pela paciência e flexibilidade. (Os números de página citados no conto se referem à edição original de 2011.)

Talvez seja desnecessário afirmar, mas Mentiras Reunidas é um livro de ficção.

Alex Castro

Copacabana, 10 de janeiro de 2021

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Insta: @outrofobia
Goodreads: /outrofobia

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3 respostas em “Mentiras reunidas, um livro de Alex Castro”

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