todos os meus livros que vendo, seja pessoalmente ou pelo meu site, vêm sempre com uma dedicatória única e exclusiva, apócrifa e 100% falsa.
algumas vezes, escrevo como um pai dedicando um livro à filha. noutras, como um filho dedicando o livro ao pai. amante rejeitando, ou amante rejeitado. etc etc.
as dedicatórias fazem parte da própria ficcionalidade das obras e ajudam a borrar um pouco mais a relação autora-leitora.
além disso, cada edição de cada um dos meus livros de ficção tem sempre uma biografia do autor apócrifa e diferente.
todas essas iniciativas, que parecem brincadeira mas não são, fazem parte do mesmo projeto artístico de apagamento do autor, de demonstrar que o autor não importa, só o texto importa.
ocasionalmente, as dedicatórias causam problemas, crises de ciúmes, revoltas paternas. hoje, soube de uma moça que pegou antipatia de mim por ter pensado que a dedicatória era algum tipo de indireta sarcástica contra ela.
quando isso acontece, apesar de eu saber que a possibilidade sempre existe, fico bem chateado e peço desculpas.
só pessoas lindas e incríveis compram livros independentes direto da mão do autor — ao invés de simplesmente comprarem o novo best seller genérico na fnac mais próxima. a última coisa que quero é chatear minhas leitoras fiéis.
então, mais uma vez, perdão. as dedicatórias são minicontos ficcionais: quaisquer correspondências com a realidade serão sempre mera coincidência.
se você tem uma dedicatória apócrifa que gostou, compartilhe uma imagem dela nos comentários.
e eu te agradeço.
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abaixo, alguns exemplos.
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Uma resposta em “dedicatórias apócrifas”
[…] Maria Angélica, 171). Todo mundo que vier ganha não só marcadores exclusivos mas também uma dedicatória apócrifa única e exclusiva, inventada na […]