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aula 01: indianistas & inconfidentes cecilia meireles gonçalves dias grande conversa brasileira

Medievais, Indianistas, Inconfidentes

Nossa época herdou o desprezo renascentista pela Idade Média, mas a verdade é que ela ainda está por toda parte, influenciando tanto os enredos quanto a linguagem das obras narrativas que consumimos. Foi o romantismo, enquanto movimento literário, a partir de O corcunda de Notre-Dame (1831), de Victor Hugo, que começa um projeto de revalorização do medieval. Em Portugal, esse movimento gerou obras como Eurico, o Presbítero (1844), de Alexandre Herculano.

No Brasil, sem uma tradição medieval para chamar de nossa, tivemos que improvisar: projetamos valores medievais nos povos originários (O Guarani, de José de Alencar; “I-Juca-Pirama“, de Gonçalves Dias), recriamos a Idade Média mesmo assim (Sextilhas de Frei Antão, de Gonçalves Dias), narramos em estilo medieval uma história iluminista (Romanceiro da Inconfidência, de Cecilia Meireles).