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Jó: a resposta da não-resposta

O Livro de Jó talvez seja o ponto alto literário da Bíblia. Ele é dialógico e poético, trágico e racional, místico e rebelde. Infinitamente complexo, estranhamente consolador. Um mistério que já dura milênios e não parece perto de ser solucionado.

Como jovem ateu, o Livro de Jó me foi imensamente importante. Demorei muito para entender porque teriam decidido colocar na Bíblia um livro que, para mim, provava ou que Deus não existia ou que, se existisse, era um canalha caprichoso que não valia a pena adorar, seguir, obedecer; e, em ambos os casos, que nada nada fazia nenhum sentido.

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O bode expiatório de René Girard: Édipo, Jó, Jesus

O francês René Girard (1923-2015), partindo da crítica literária e transitando por áreas tão diversas quanto a psicologia e a religião, a antropologia e a filosofia, foi o último pensador a tentar uma grande teoria explicativa da humanidade. Como toda grande teoria explicativa generalista, ela é polêmica e combativa, soa óbvia e tautológica quando resumida, é vulnerável a críticas por especialistas de todos os lados, não consegue explicar tudo com a amplitude que talvez seu autor desejasse, mas é rica o suficiente para nos permitir enxergar os mesmos fatos, os mesmos fenômenos, a mesma realidade de maneiras diferentes, subversivas, inovadoras.

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Interpelar a Deus: Abraão, Jó, Esdras, Jonas

Alguns dos momentos mais belos, mais humanos, mais surpreendentes da Bíblia são quando humanos tem a temeridade de interpelar a Deus, de questionar sua justiça, de barganhar com ele pelas vidas e pelas almas de seus irmãos.