Categorias
livros mentiras reunidas mulher de um homem só

A história de Libeca

A história de Libeca é um trecho do meu romance Mulher de um homem só que pode ser lido de forma independente. Talvez seja o meu preferido.

Mulher de um homem só faz parte do meu novo livro Mentiras reunidas, em pré-venda até 15 de abril.

Categorias
livros mentiras reunidas mulher de um homem só

“Mulher de um homem só” em “Mentiras reunidas”

O meu romance Mulher de um homem só, originalmente lançado em 2009, agora reescrito e revisado (com um final um pouco diferente!), faz parte do meu livro Mentiras Reunidas, em pré-venda até 15 de abril.

Um romance sobre as agruras e desafios de ser mãe & mulher, filha & esposa; sobre religião & amizade, monogamia & destino. Minha tentativa de entrar na cabeça de uma mulher, pensar como ela, sentir como ela, escrever como ela. (Será que consegui?)

mulher de um homem só
Categorias
livros mulher de um homem só

mulher de um homem só, romance

O romance Mulher de um homem só, originalmente lançado em 2009, agora reescrito e revisado (com um final um pouco diferente!), faz parte do livro Mentiras Reunidas, em pré-venda até 15 de abril.

Um romance sobre as agruras e desafios de ser mãe & mulher, filha & esposa, sobre religião & amizade, monogamia & destino. Minha tentativa de entrar na cabeça de uma mulher, pensar como ela, sentir como ela, escrever como ela. (Será que consegui?)

mulher de um homem só

* * *

É possível um homem e uma mulher serem realmente amigos?

Mulher de Um Homem Só devassa a cabeça de Carla, que tem a sensação de já ter chegado tarde à vida do marido, Murilo. Desde a infância, ele pertence à Júlia: é o melhor amigo, o confidente, o anjo da guarda e o referencial masculino. O romance invade o feminino nas suas pequenezas e mazelas. Revela o ordinário; o dia a dia de um jovem casal que enfrenta os desafios do casamento, da falta de dinheiro, da busca de identidades e de lugares para ser e ocupar, tendo que lidar com a constante presença de Júlia entre os dois.

O projeto gráfico foi da minha melhor amiga, a artista plástica Isabel Löfgren. A primeira edição foi azul (2009); a segunda, magenta (2009); a terceira, laranja (2010). (A Bel também assina o projeto gráfico do Mentiras Reunidas.)

Mulher de Um Homem Só, romance de Alex Castro

* * *

Repercussão

Escrever assim é imperdoável. … Tem um por geração. O da nossa … é ele. Vai por mim. Não perca o Alex.
Fal Azevedo, “Drops da Fal”

… melhor livro que eu li em 2009. … tem uma visão bastante peculiar da psiquê feminina … A narradora … somos todas nós. Ou todos nós. … Um livro sobre esse tal mal-estar contemporâneo. Sobre indivíduos que se comunicam apenas através de loucuras. Sobre a dificuldade de mantermos em pé as instituições do passado (casamento, família). E tudo contado assim, através de uma personagem sem freio, que faz com que a gente desembeste com ela.
Mary W., “Segundo Sexo”

É um homem que tá escrevendo isso aqui? … Não me perguntem como ele … sabe destas incertezas e inseguranças tão femininas. Nem sei onde ele aprendeu estes tantos detalhes. … É esta maneira de narrar os detalhes, as pausas, os gestos e os olhares, quando nem ao menos se estava presente na cena, que faz com que a gente entenda Carla. Quem não é Carla? Vocês, homens, não são. Nem entenderiam. Só Alex.
Isabella Ianelli, “Isabelices”

Enredo intenso nos prende da primeira à ultima página. … Realmente intrigante … uma leitura incrível. Alex Castro realmente conseguiu traduzir nas páginas de seu livro a angústia de Carla com palavras e linhas de pensamento realmente femininas, superou os limites da natureza e encarnou uma esposa preocupada com o seu casamento com toda a originalidade que lhe cabe. Recomendo. … A sensação que tive ao terminar de ler o livro: faltou-me o ar.
Re Alves, “Entreditas”

Um livro cujo único defeito é não ter mais umas cem páginas contando mais e mais da história desse triângulo amoroso.
Juliana Dacoregio, “Heresia Loira”

Fiquei encantada com o estilo … com a velocidade dos acontecimentos, com a narrativa onisciente … e com todo o desenrolar dos acontecimentos. … O livro acabou e deixou um gosto de que não podia ter acabado. … Não era nem mesmo leitora … mas agora … vou ser, sim. Você também deveria.
Fernanda França, “Fernanda França”

“Me identifiquei com a compulsão metafórica do autor. E o fim é perfeito: instiga.”
Alexandre Inagaki, “Pensar Enlouquece, Pense Nisso”

Fiquei muito impressionado, literalmente, com tua habilidade na fraseologia ficcional, perfeitamente casada com a mentalidade da Carla; todo o vocabulário feminino, tanto de palavras como de linhas de pensamento, foi uma realização ímpar. … Com essa criação, vc matou a pau.
Doutor Plausível, “Doutor Plausível”

Eu tinha esquecido que era tão bom. … Um livro maduro, bem pensado. … É nessa narração que está um dos grandes trunfos do livro. Em Carla, Alex cria uma personagem crível, rica, e explora bem suas possibilidades. É aqui que o Alex demonstra ser um excelente escritor: ele tem perfeito domínio da voz feminina da Carla. É esse o grande segredo do livro.
Rafael Galvão, “Rafael Galvão”

Um livro impressionante, a narrativa sempre inteira, o domínio da língua sempre presente mas nunca intrusivo, uma prosa que flui tão fácil que o leitor nem percebe o labirinto em que está se enredando até ser tarde demais.”
Paulo Cândido, “Todos os Assuntos do Mundo”

Um bom livro. … parece ter um cuidado todo especial com a velocidade da narrativa. … O maior trunfo … é a narradora e as ambigüidades por ela evocadas. Ao usar a primeira pessoa onisciente, Alex Castro acaba por fazer com que duvidemos de tudo o que Carla nos conta. Este filtro pouco confiável é que dá profundidade a um romance.
Paulo Polzonoff, “Polzonoff”

“… o autor não permite que o texto o domine. … Esse jogo entre o dito, o explicitado e o entendido é rico, é a grande força do livro e o que me faz aguardar ansiosamente o próximo livro do autor.”
Carolina Vigna-Marú, “Aguarrás”

* * *

Trechos

Lá do nosso jeito, a gente se entendia, e conversávamos muito, falávamos de Murilo, novela, política e fofocas em geral. Outras vezes, nem trocávamos palavra, e era assim que eu mais apreciava Júlia. Ela adorava mexer no meu cabelo, me pentear longamente, languidamente, lentamente, e eu gostava, me entregava, me prostrava, ficávamos no sofá da sala, ou até na rede mesmo, eu deitada sobre o colo de Júlia, sentindo a escova repuxar os cabelos, sentindo as pontas dos dedos massageando o couro cabeludo, sentindo aquela coceirinha marota nas raízes do cabelo, sempre naquela faina infindável, deliciosa, pachorrenta, úmida de tão boa, eu tenho cabelos longos, nunca cortei, vão até a cintura, e Júlia mastigava inveja, degustava mexer em meu cabelo, ajeitar, pentear e cheirar, e cuidadosamente enrolar em seus dedos e mãos e depois deixar desenrolar macio, e assim ficávamos as duas, horas, eu grávida e Júlia ali, puxando e repuxando, penteando e despenteando, depois, Raquel nascida, colocávamos o berço na sala e tudo continuava igual, eu dormia sentindo os dedos de Júlia em meus cabelos, acordava e ela ainda estava lá, e então, eu dormia de novo, e era tão bom, porque não havia palavras, não havia Murilo, não havia inconseqüência, não havia arte, não havia nada, só aquele momento, só nós duas, só aquele contato, e eu quase achava, eu me pegava imaginando que Júlia era minha amiga, uma daquelas amigonas de infância, companheira pro que descesse e subisse, sempre comigo, e assim eu me despejava naquele toque, me sumia naquele carinho, me desenganava naquele afago.

“Desisti. Não tenho essa bondade toda no coração, o órgão que reservei pra Júlia é o intestino grosso. Sou mãe agora: quando quero ouvir histórias de criança, pergunto pra Raquel como foi seu dia no jardim de infância. Júlia me esvazia. Mas eu tentei. Confesso que tentei: nesse fronte, dei meu sangue durante vários anos, construí trincheiras e só atirei quando vi o branco dos olhos do inimigo. Fiz tudo o que pude para ajudá-la e isso era um esforço enorme para mim, porque não sou leviana e levo esses assuntos muito a sério. Eu a ouvia com toda a minha atenção, e ouvir com atenção dá trabalho, cansa, exige amor, concentração, disposição. E eu pensava e refletia, matutava e considerava. Oferecia a Júlia sempre minha melhor seleção de conselhos, conselhos sinceros, brutos, que eu minerava lá de dentro de mim, e eu mesma polia e lapidava, com carinho e dedicação. Era desgastante tamanha sinceridade, tamanha atenção: eu ficava exaurida de ter que descer a espaços tão fundos, onde a luz é tão pouca e o ar, rarefeito, onde cada movimento cansa.”

“Nem todos esses almoços serviam pra suavizar o vício de Murilo que possuía Júlia. Eu, que me achava sua clínica de reabilitação, era na verdade sua fornecedora clandestina: ela vinha me ver e fungava cada carreirinha de Murilo que pudesse encontrar. E eu fazia o mesmo, porque um gambá cheira o outro e eu também não sou lá muito diversa. Ela me sugava o presente, e eu, o passado. Júlia sabia tudo sobre o Murilo, cresceram juntos, nunca não se conheceram. Um era a constante da vida do outro. Júlia era tão constante que me fazia sentir a variável e isso me deixava tonta, imaginava Júlia, amanhã, fazendo a mesma coisa com a segunda esposa dele, indo visitar, contando histórias do passado e sugando o futuro. E eu pensava: o juramento foi comigo, a mulher dele sou eu.”

* * *

Mulher de um homem só é parte integrante do meu livro Mentiras Reunidas. Compre agora, ou continue lendo, para saber mais.

* * *

Mentiras Reunidas, em pré-venda

Já começou a pré-venda do meu novo livro Mentiras reunidas, em versão capa dura, com bookbag, dedicatórias apócrifas e marcadores, e mais cinco contos exclusivos.

Mentiras Reunidas, capa aberta.

Essa versão capa dura só estará disponível nessa pré-venda: mais tarde, não estará disponível nem para venda pelo site, nem para venda em livrarias. Só nessa pré-venda, só agora. Depois, nunca mais.

No final do ano, se o resultado do capa dura for bom, vamos lançar Mentiras reunidas também nas versões brochura, ebook, áudiolivro, mas aí não vai ter bookbag, não vai ter capa dura e, mais importante, não vai ter os cinco contos exclusivos.

A edição brochura (se existir) será do mundo, vai vender nas livrarias e tal (espero!), mas esse capa dura, com a bolsa de brinde, é meu presente para minhas leitoras fiéis: ele reúne toda a minha ficção publicada e mais, doze contos inéditos, desde o meu primeiro conto, de 1987, até uma história escrita especialmente para esse livro, em 2019, passando pelos livros Mulher de um homem só  (2009) e Onde perdemos tudo (2011).

Trinta e dois anos da minha produção artística, os frutos de todos os meus maiores esforços, em um só livro, só para você.

Cinco dos doze contos inéditos são exclusivos da versão capa dura e não estarão incluídos nas versões brochura, ebook e áudiolivro que venham a existir.

Todas as vendas serão realizadas pelo site da própria editora(Dessa vez, não vou vender eu mesmo. Ou seja, não vai dar pra comprar na minha mão.) A editora aceita boleto, cartão de crédito e parcela em 3x. Para quem está no exterior, basta preencher um formulário e a editora entra em contato.

A pré-venda vai até 15 de abril e os livros começam a ser enviados em 31 de maio de 2021. (Repito: o livro não estará mais à venda, em nenhum meio, de nenhuma maneira, depois de 15 de abril.)

Por fim, uma promoção em conjunto com meu novo curso. Quem comprar Mentira Reunidas na pré-venda, paga somente o preço promocional do meu curso A Grande Conversa Brasileira: a idéia de Brasil. Ao invés de R$1.199, você só paga R$899 (válido somente para pagamento à vista, via Pix). Ou seja, o Mentiras Reunidas sai de graça. Basta me enviar o comprovante da compra do livro e fazer o pix de R$899. Minha chave Pix é eu@alexcastro.com.br.

Compre Mentiras Reunidas agora.

* * *

Você ganha…

Comprando Mentiras reunidas na versão capa dura, você ganha:

— 1 bookbag EXCLUSIVO: só estará disponível para quem comprar o capa dura, não será vendido separadamente, não será produzido no futuro;

— 5 contos inéditos e EXCLUSIVOS da capa dura: não estarão nas outras versões (brochura, ebook, audiolivro) que podem ser lançadas no final do ano;

— 1 dedicatória, apócrifa e ficcional, inventada na hora, exclusiva para você;

— 2 marcadores de página feitos especialmente para esse livro.

Mentiras Reunidas, novo livro de Alex Castro.

* * *

A arte

O projeto gráfico, como sempre, é de autoria da minha melhor amiga de trinta anos, a artista plástica Isabel Löfgren, sobre desenhos originais de Francisco de Goya — hoje, talvez, meu artista plástico favorito. (Minha ida à Madri em 2018 e meu encontro com Goya.)

Conheça o site da Isabel e, especialmente, seu belíssimo trabalho na Mãe Preta, em parceria com Patrícia Gouvêa.

* * *

Mentiras reunidas, índice

Porque mentir
Primeiras mentiras

Mulher de um homem só

Onde perdemos tudo
A morte do meu cachorro
De portas abertas
Onde perdemos tudo
Quando morrem os pêssegos
A falta que nos fazem os figos

Depois da festa junina, em volta da fogueira (inéditos)
Moça de sorte (exclusivo capa dura)
Não adianta morrer (exclusivo capa dura)
Uma questão de fé
A surdez do meu avô (exclusivo capa dura)
A menina do copo d’água (exclusivo capa dura)
Te espero no açougue
Às vezes, morro
Sangue e morte na noite de Natal (exclusivo capa dura)

Mentiras avulsas (inéditos)
Como nos velhos tempos
Grandezas de candura
Uma cigarrilha apagada
A cachorra atropelada

Títulos sem contos
Últimas mentiras
Biografia do autor
Mecenato

Mentiras Reunidas, a contracapa. Clique para ver em tamanho maior.

* * *

Compre agora antes que seja tarde mais

Compre Mentiras Reunidas agora.