Outro dia, um moço me procurou. Setenta anos, alguns distúrbios mentais, um câncer no cérebro. Estava raivoso, puto, frustrado.
Em um dado momento, me acusou de não estar fazendo nada para ajudá-lo. Que o que ele precisava mesmo era que eu pegasse aquele câncer pra mim. Afinal, por que no cérebro dele e não no meu?!
E eu respondi:
“Se você pudesse pegar o meu diabetes, a minha hipertensão, a minha gota, a minha gastrite, eu pegaria o seu câncer de cérebro.”