Ouço conselhos como
“Nunca abra mão de ser quem você é”
e penso:
a melhor coisa que fiz na vida foi abrir mão de ser quem eu era
(homem branco rico criado em casa com dez empregados, acostumado a ser ouvido e servido e obedecido, o tipo de pessoa que diz o que pensa, que fala na cara, que não se preocupa com a opiniões dos outros, etc)
e passei a tentar ser uma melhor versão de mim mesmo, menos agressivo e mais atencioso, menos autocentrado e mais cuidadoso.
Recomendo.
Meu livro Atenção. é sobre esse processo.
* * *
Muita gente respondeu a esse textinho dizendo variações de:
“Se eu for eu mesma, eu serei melhor no trato com o outro.”
Só posso concluir que essas pessoas são santas — ou, pelo menos, se acham santas.
Eu, se for eu mesmo, sem freios internos e sem autocensura, serei arrogante e rude, agressivo e impaciente.
Para ser a pessoa que eu quero ser, preciso sempre tentar ativamente ser polido e cuidadoso, amoroso e acolhedor.
* * *
Me paga um café por mês?
Dez reais não compra nem uma revista semanal, nem um misto quente com café. Gastamos dez reais em qualquer porcaria, sem nem pensar.
E você? Pagaria dez reais por textos que você gosta? Que te fazem pensar? Que você cita e repassa aos amigos? Que mudaram sua vida?
Se você gosta dos meus textos, se eles te fazem pensar, se você cita e repassa pros amigos, te peço que considere fazer uma assinatura mensal de dez reais.
É pouco, muito pouco, mas faz uma enorme diferença.
Se apenas 3% das sete mil pessoas que assinam meu newsletter fizessem uma assinatura mensal de dez reais… isso cobriria todas as minhas despesas fixas. E eu poderia me dedicar exclusivamente a escrever esses textos que você gosta e cita e repassa. Esses que mudaram sua vida.
E eu agradeceria muito, muito mesmo.
Todas as mecenas e assinantes são parte integrante do meu processo de criação artística e serão citadas nas páginas de agradecimentos dos meus futuros livros.
Uma resposta em “Abrindo mão de mim”
Totalmente de acordo.
Um abraço
E obrigado