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você é o que você faz

Em resposta ao texto do roommate e da caneca, muitos amigos me disseram:

“Alex, não adianta nada você ficar se estressando com isso, essa coisa ficar te remoendo por dentro, e você não falar nada com seu roommate! O que importa de verdade é que isso te incomoda, te faz mal. O que importa é o que você SENTE!”

Eu amo meus amigos, mas deixa eu discordar: o que importa é o que eu FAÇO.

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A Lei Não Tem Espírito: A Lei É a Lei

Outro dia, eu estava conversando com um amigo judeu ortodoxo sobre os truques para burlar o shabat. Para quem não sabe, no shabat (que vai do pôr-do-sol de sexta ao pôr-do-sol de sábado), os judeus não podem exercer nenhuma atividade produtiva ou criadora: o dia deve ser dedicado ao lazer com a família, ao estudo da Lei, à renovação das forças. Em princípio, a regra é essa, mas como a lei foi escrita há milhares de anos, os exemplos específicos incluem acender fogo, raspar couro, agrupar feixes, etc. (Lista completa.) Mais tarde, ao longo dos séculos, painéis de rabinos e sábios foram atualizando as regras. Por exemplo, como “cortar” é proibido, entende-se que é proibido cortar papel higiênico de um rolo ou separar lenço de papel quando um está preso ao outro! Não é à toa que, no sábado de manhã, em São Paulo, se veem tanto judeus ortodoxos por todos os lados: eles estão caminhando para a sinagoga, pois não podem dirigir automóveis. Também não podem fazer coisas como acender a luz ou apertar o botão de um elevador. Para burlar essas regras, surgiram uma série de truques: elevadores que funcionam continuamente, parando em todos os andares, e luzes acionadas por timers ou sensores de movimento. Esse texto, muito completo, comenta todas as 39 proibições e suas aplicações contemporâneas.

(Exemplo de um debate rolando no Parlamento Israelense hoje: grupos ortodoxos de direita querem proibir os computadores do governo de aceitarem pagamento de contas públicas durante o Shabat; grupos seculares de esquerda argumentam que é um absurdo impedir os cidadãos cristãos e muçulmanos de pagar sua luz pela internet no sábado! E por aí vai. Leia matéria completa na The Economist: That Wobbly Balance: Another Row Between the Religious and the Secular in Israel)

Para mim, do alto de minha imensa sabedoria e borbulhante conhecimento da tradição judaica, tudo aquilo era muito estranho e um pouco cínico. Pra começar, os sábios tinham se preocupado mais com a letra da lei do que com o seu espírito. Ok, quando a lei foi escrita, atividades como acender um fogo e escrever (pensem plumas, tintas, pergaminhos, vela) eram muito trabalhosas, etc. Para um judeu de hoje, acender uma luz elétrica, escrever um bilhete ou dirigir não é trabalho nenhum. Mais importante, se você pode dirigir e acender a luz, é provável que possa se divertir muito mais com sua família no Shabat – e não é essa a idéia? Qual é o sentido de continuar proibindo coisas que, hoje, já não dão mais trabalho algum? E, por outro lado, com seus truques sabáticos, me parecia que os judeus estavam tentando ser mais espertos que deus. Mas como se pode burlar a lei de um ser onipotente e onipresente, que tudo sabe e tudo vê, inclusive dentro do seu próprio coração?

Meu amigo riu e disse que eu estava com uma mentalidade muito greco-romana-cristã. Quem se interessa pela intenção do criminoso, ou pelo que passa no coração dos homens, é o sistema jurídico romano baseado em uma moralidade cristã. No judaísmo, o que importa é o que você faz. Deus não está interessado em minúcias. Ele disse que não pode acender fogo nesse período, mas nunca disse que eu não podia acender o fogo antes e deixá-lo aceso. Ponto. O que não foi proibido está potencialmente permitido. Se eu consegui acender o fogo e ainda assim obedecer à lei, melhor pra mim. Não existe “intenção” ou “espírito” da lei. A lei não tem espírito. A lei é a lei. Somos o povo do livro justamente porque, pela primeira vez na história, valia o ESCRITO.

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A Existência Precede a Essência

Sartre ensina que nossa existência precede nossa essência. A frase é difícil de entender a princípio, e é muito mal citada, mas quer dizer somente o seguinte: ao contrário do que dizem as religiões (que temos uma essência, a alma, que é eterna e existe antes e vai existir depois da nossa existência terrena), Sartre diz que nós primeiro começamos a existir e, então, através de nossas escolhas, de nossos gestos, de nosso comportamento, lentamente construímos nossa essência. Ou seja, nossa essência não nos é dada, não é pré-determinada: ela é uma construção DIÁRIA nossa:

“… se Deus não existe, há pelo menos um ser, no qual a existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito, e que este ser é o homem ou, como diz Heidegger, a realidade humana. Que significa então que a existência precede a essência? Significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. O homem, tal como o concebe o existencialista, se não é definível, é porque primeiramente é nada. Só depois será, e será tal como a si próprio se fizer.”

A frase consta da palestra “O Existencialismo é um Humanismo“, dada por Sartre em Paris, em 1946 – logo após a guerra, após a ocupação, após tanta tragédia. É um dos textos mais lindos, mais inspiradores, mais otimistas, mais humanos que o nosso triste século XX produziu. No meu mundo ideal, seria leitura obrigatória pra todas as pessoas. Clique aqui e baixe o texto em um PDF gratuito: é curtinho e muito mais acessível do que os textos filosóficos mais rigorosos de Sartre.

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Homem É Quem se Comporta como Homem

Judith Butler também afirma que não existe essência masculina ou essência feminina. Não existe “ser mulher” ou “ser homem”: nós construímos nossa identidade sexual diariamente, através de nossos atos. Desse modo, “ser homem” nada mais é do que simplesmente se comportar como a sociedade espera (ou determina) que homens se comportem. Não é à toa que muitos pais surtam quando veem seus filhos homens brincando com boneca: de um modo bem real e concreto, não é nem que brincar com bonecas pode fazer com que ele desenvolva tendências homossexuais no futuro, mas sim que brincar com bonecas faz dele, na prática, uma menina hoje, agora! “Ser menina” é exatamente isso.

Em “Problemas de Gênero: Feminismo e Subversão de Identidade” (1990), Butler ensina que atributos de gênero não são expressivos mas sim performativos e, portanto, esses atributos constituiriam de fato a identidade que pretendem expressar ou revelar. Em outras palavras, para Butler, ser homem ou ser mulher, ser heterossexual ou homossexual, não são categorias imanentes, pois não existiria uma essência, digamos, masculina que precederia a existência do indivíduo do gênero masculino: masculino seria quem se comporta de acordo com os padrões de comportamento culturalmente definidos como masculinos. Mais ainda, se não existe uma natureza pré-existente das identidades de gênero, então não existem atos sexuais verdadeiros ou distorcidos, e a própria noção de “gênero verdadeiro” revela-se uma manobra destinada a impor a dominação masculina e a heterossexualidade compulsória.

Mais uma vez, pouco importa essa sua tal “essência verdadeira” que ninguém nunca viu. O que determina quem você é são os seus ATOS.

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Slave Is As Slave Does

No século XIX, a Constituição e o Código Civil brasileiros não definiam com clareza o que era um escravo – na verdade, nem o mencionavam, nem reconheciam sua existência. Sem isso, como poderia funcionar uma sociedade complexa e sofisticada como o Brasil oitocentista, uma cultura completamente bacharelista, uma economia totalmente dependente do escravo?

Se não existia definição de escravo, então também não existia essência de escravo. Ou seja, a escravidão não era um SER, era um FAZER. Não existia teoria, somente a prática. Escravo é quem agia como escravo, escravo é quem era escravizado. Consequentemente, quem não agia como escravo, quem não se deixava escravizar… não era escravo! Pois, afinal, tirando o agir como escravo, de que outra maneira saberíamos quem era escravo e quem não era?

Em outras palavras, ecoando Judith Butler, ser escravo era “uma performance”. Como diz Maria Helena Machado, em O Plano e o Pânico:

“a única prova cabal do ser escravo restringia-se ao fato básico de sua condição”.(27)

Ou, como diríamos em inglês, slave is as slave does.

Todas essas contradições vieram à baila em 1882, durante um processo judicial acontecido na Comarca de Caçapava, interior de São Paulo, onde os 80 escravos do falecido Major Francisco Alves Moreira entraram na justiça alegando não ser escravos… porque o dono não os tratava como escravos!

Leiam a história completa no texto: Definindo a Escravidão: Afinal, O Que É um Escravo?

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O Tratamento Não É pra Você, É para os Outros

Por fim, narcisismo e ego são dois dos temas principais de um dos meus blogs favoritos, The Last Psychiatrist. No final de mais um texto sobre o assunto (“The Other Ego Epidemic“), ele responde ao pedido desesperado de um leitor:

“Help me, please, I think I’m a narcissist. What do I do?”

There are a hundred correct answers, yet all of them useless, all of them will fail precisely because you want to hear them.

There’s only one that’s universally effective, I’ve said it before and no one liked it. This is step 1: fake it.

You’ll say: but this isn’t a treatment, this doesn’t make a real change in me, this isn’t going to make me less of a narcissist if I’m faking!

All of those answers are the narcissism talking. All of those answers miss the point: your treatment isn’t for you, it’s for everyone else.

If you do not understand this, repeat step 1.”

Talvez seja simplesmente o melhor conselho que já ouvi na vida.

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Luto diariamente contra duas forças: por um lado, narcisismo, vaidade, ego e, por outro, preguiça, omissão, inércia, apatia. Quase tudo o que faço na vida, eu faço por vaidade. Quase tudo o que eu não faço, não faço por preguiça. Antes de fazer qualquer coisa, eu me pergunto: estou fazendo isso só pra satisfazer meu ego? Antes de recusar qualquer coisa, eu me pergunto: estou deixando passar essa chance por pura preguiça? Gosto de pensar que tenho melhorado com a idade mas, é claro, só estou falando isso pra massagear meu próprio ego. A luta é inglória e não tem cura. “Bom dia, meu nome é Alex Castro e eu não faço nada por pura vaidade há doze horas” – e ninguém aplaude, senão estraga tudo.

Havendo ou não havendo deus, tanto os sábios do judaísmo quanto os ateus existencialistas, tanto as feministas pós-modernas quanto os abolicionistas militantes, parecem concordar em um ponto fundamental. Você será julgado pelos seus atos. Sua essência, sua personalidade, sua sexualidade, vão ser construídos pelas suas ações. Você é o que você faz, pois é através dos seus atos que você interage com o mundo.

E, como no sábio conselho do Last Psychiatrist, ninguém está muito interessado no que você pensa, no que você sente, em toda essa linda complexitude borbulhando dentro de você. Pouco importa se você odeia seu vizinho ou se sonha em comer o cú da própria filha. O que importa é o que você FAZ.

Então, voltando à pergunta inicial, com licença, mas eu posso até ser uma pessoa que se incomoda do roommate usar sua caneca preferida, mas eu não vou ser a pessoa que reclama com o roommate de ele estar usando sua caneca preferida. The treatment isn’t for you, it’s for everyone else. Amém.

26 respostas em “você é o que você faz”

De tempos em tempos volto a esses textos sobre a caneca. Não é com orgulho que volto a eles – o melhor era não ter tais recaídas e continuar firme nos meus nobres objetivos! – mas tem sido mesmo difícil me tornar a pessoa que quero ser (sendo que às vezes até essa definição é difusa).

De fato, tem sido uma luta cotidiana, a mais importante e dura que percebo travar comigo mesmo. E como ela é complicada, certamente voltarei muitas vezes aqui ainda.

Espero que com o tempo estas voltas possam ser cada vez mais espaçadas!

Mas por ora gostaria de registrar que seus textos têm sido um ótimo ponto de partida para tentar voltar aos eixos toda vez que me dou conta de que mais uma vez eu pisei feio na bola. Assim, te agradeço imensamente por já ter me ajudado tanto nessa busca tão complicada. Grande texto, Alex!!

oi terry. todos os meus textos devem sempre ser considerados fictícios. :) um grande abraço, alex

Há outras canecas à disposição dele? Ele prefere a sua preferida? Ele sabe que é a sua preferida? Há uma competição pela caneca? Isso é a única “atitude” dele que te incomoda? Crie uma caneca que se tornará a favorita dele! Se for conversar com ele sobre a caneca, CUIDADO para não ser mal interpretado.

Estou relendo e ainda assim aprendendo coisas novas. Um brinde ao Alex e seus textos magníficos (sem aplausos)!

Só faltou dizer que o tratamento, apesar de ser para os outros, gera efeitos colaterais em quem aplica. Eu fingiria alegremente se a possibilidade de ser eu mesmo sem fingimentos não fosse tão atraente.

Por fim uma frase que se encaixa perfeitamente aqui:
“We judge others by their behavior. We judge ourselves by our intentions.”

Belo texto, bela escrita, citações bem escolhidas.
Poderia no próximo texto traduzir as citações escritas em inglês ?
Grato,Pedro Ian
ps: conheci o blog hoje e continuarei a ler.

Há uns 9 anos atrás, quando eu era um adolescente introvertido querendo conhecer o mundo, adotei exatamente essa estratégia: fingir. Foi a coisa mais sensata que pensei para me tornar quem eu queria ser. Entrei numa das melhores épocas da minha vida até agora.
Depois de um tempo, entrei nas TREVAS de onde ainda luto para sair, onde já se viu uma vida de fingimentos? Onde já se viu uma vida de atitudes sem intenção? A culpa cristã me pegou e me jogou num egocentrismo doentio.

Obrigado por tirar esse peso das minhas costas, Alex.

Ah! Dá licença, essa coisa de, “temos que falar com as pessoas que estão nos incomodando sobre aquilo que nos incomoda”…”um dia você vai explodir de tanto aguentar o mal comportamento do seu roommate” pra mim é balela, coisa de quem tem conceitos tão pouco relevantes na vida pessoal, fica procurando no que depositar sua incrível individualidade.
Concordo com o seu pensamento Alex.
Na minha opnião, os livros de auto-ajuda, os pensamentos libertários, essa coisa toda sobre mostrar quem somos de verdade, está criando verdadeiros monstros. Ninguém aguenta receber um não, ter seus planos ou vontades frustradas, ou simplesmente sua caneca de $6,99 usada. Tolerância, sumiu do vocabulário? Foi isso que aconteceu? Precisamos corrijir, determinar, como o outro deve pensar e agir a todo momento? Ter nosso egos massageados? E nunca ter nossa privacidade invadida? Podemos martelar nosso modo de ver o mundo de forma enfadonha para o nosso próximo, mas meu no meu egoísmo ninguém mexe… tsc tsc tsc

Olá, Alex, tudo bem?

Estou passando pelo blog para te agradecer a citação e o link para o meu Blog. Que já rendeu boas visitas. Valeu parceiro Blogueiro.
Um fraterno abraço
Magal

Bom texto!
Nós somos mais complexos do que nos apresentamos ser. A sociedade nos conhece por atos, mas por trás de cada ato há algumas intenções. Há sempre algum descompasso entre a pessoa que somos e a que exercemos.
O que nos leva ao ponto da sua atitude quanto à caneca. Achei válida e provavelmente faria o mesmo. Mas até que ponto isso vai te fazer deixar de sentir o incômodo para com o seu roommate? Até que ponto uma mudança interna pode ser operada por uma simples mudança na performance? No seu caso eu senti que parece existir essa intenção de mudar.
Mas é uma resposta que eu não encontrei ainda.

C,

Eu entendi de uma forma diferente o que Alex explicou sobre o roomate e a caneca.

No caso do leitor desesperado, o que incomodava era o fato de ser narcisista. Apesar de sê-lo, ele queria ser diferente. E o conselho foi: aja diferente e você será diferente.

No caso de Alex, o que o “incomoda” é ser o cara que dá valor a um diabo de uma caneca de plástico, ele não quer ser esse cara, ele não quer dá valor a isso, ele não quer ser a pessoa que arruma uma discussão com um cara maneiro e inocente por causa de uma coisa tão banal. Ele é esse cara, mas ele não quer ser, então ele “finge”. E ele passa a ser o cara que não discute com o amigo por uma besteira. Porque você é o que você faz.

Pelo menos foi assim que eu entendi =)

Simplesmente adorei o texto (e o original do roommate). É o que tento praticar todos os dias: ser a melhor pessoa que puder ser. Se não for para/por mim, que seja para os/pelos outros. E amém mesmo!

Achei tudo muito bem escrito. Em uma primeira leitura é bem convincente… Concordo com o exemplo do narcisista: não há muito o que ser feito mesmo, além de fingir que não é.

Contudo, com relação à sua situação com seu roommate, eu discordo. Você pode até ser a pessoa que não reclama AGORA a respeito da caneca, mas quando você MORA com outras pessoas, sendo que DIARIAMENTE algo que elas fazem te irrita profundamente, alguma hora todas as pequenas coisas que te irritam vão se juntar e vão transbordar. Digo isso por experiência própria de quem já mora há mais de 5 anos em república. Não são motivos grandes o suficiente pra que você tenha uma crise só por eles, mas quando vão acumulando… Chega uma hora que você simplesmente explode. Então vai um conselho amigo: reclame sim com seu roommate. Dai será ele quem terá que fingir que mudou e que está tudo bem com isso, ele será o narcisista que terá que fazer o tratamento de fingir, e não você. Ou ele simplesmente não vai ligar mesmo de não usar sua caneca.

Se o que importa é o que fazemos, acho sim válido fazer coisas para melhorar nossa vida. Se você não fizer nada por você, não vai ser outra pessoa que vai fazer… E se você não fizer nada, a situação que te incomoda vai continuar te incomodando até que você atinja seu limite. Eu acho que a grande diferença com relação ao exemplo do narcisista é que o narcisista não se incomodava com o fato de ser narcisista em si, mas sim com o fato de que isso poderia incomodar outras pessoas. Por isso, fingir que não é funciona para ele. Se as pessoas não desconfiarem que ele é narcisista, ele fica bem, nada o incomoda. É diferente do seu caso, em que você pode até fingir que nada te incomoda, mas que vai continuar te incomodando por dentro…

Não sei se deu para entender o meu ponto, mas espero que você pense mais a respeito da sua situação. Porque se eu soubesse disso antes, muita coisa teria sido bem diferente…

Beijos

Ps: cu não se escreve com acento…

É muito reconfortante ler algo há tempos intuído mas nunca verbalizado! Eu me sinto na mesma situação q vc, com a diferença básica q não conseguia verbalizar meu problema.
Agora, essa noção de q o tratamento n é p mim, mas p os outros, é completamente nova e estimulante p mim!
E se vc conhecer algum “ególatras anônimos”, avise… kkk

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