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Porque meditar

Estar presente, realmente presente, já é a sua própria recompensa. Não existem fins porque não existem meios. Os meios já são os fins.

“Não é perfeita a oração na qual se tem consciência de si ou daquilo que pede.”

(Antão do Deserto, citado por João Cassiano, na colação 9, “Da Oração”, cap.31. Saiba mais sobre os Padres do Deserto.)

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Quando me perguntam:

— Por que você medita?

Respondo:

— Porque sim.

Porque, se meditamos para alcançar qualquer outro objetivo concreto – seja nos tornar algo que queremos ser no futuro (mais calmas, mais sábias etc.), ou deixar de ser algo que não queremos mais ser no passado (estressadas, irascíveis etc.) –, então não é mais possível estarmos plenamente no instante presente: uma parte de nós estará necessariamente habitando ou esse passado a ser corrigido ou esse futuro a ser criado.

O único motivo não autossabotador para querermos estar plenamente presentes é simplesmente querermos estar plenamente presentes: queremos estar presentes porque a realidade só existe no presente e porque não queremos mais viver presas em nossas próprias ilusões sobre o passado e sobre o futuro.

Aquietar o corpo, estar presente, habitar o momento é simplesmente estar onde já estamos, onde sempre estivemos.

Não é um objetivo que possa ser atingido ou conquistado.

Estar presente, realmente presente, já é a sua própria recompensa: só pode se perguntar qual é o objetivo disso quem nunca experimentou.

Não existem fins porque não existem meios.

Os meios já são os fins.

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O texto acima faz parte do meu novo livro Atenção., publicado pela Editora Rocco e que pode ser comprado, entre outros lugares, em Eininji, o templo zen em Copacabana onde dou instrução de meditação.

Para quem pretende começar a meditar, as meditações para iniciantes acontecem nas noites de terça, às 20h, e nas manhãs de sábado, às 9h. (Chegar com 20min de antecedência.)

Não precisa marcar hora. Não precisa conhecimento prévio. Não precisa saber meditar. Basta aparecer nos horários das práticas e sentar com a gente.

Pedimos que as pessoas venham de roupas escuras e confortáveis, sem decotes ou dizeres, adereços ou bijuterias.

Não cobramos admissão. Todas as contribuições são voluntárias, diretamente em nossa caixinha de doações na entrada. Somente lembramos que o templo sobrevive exclusivamente da generosidade das pessoas que frequentam nossas atividades.

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Eininji – Templo do Cuidado Amoroso Eterno

R. St Roman, 16, Copacabana, RJ RJ
+55 (21) 97262 2026
facebook.com/eininji
eininji@eininji.org
eininji.org

Monge responsável: Alcio Eido Soho

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