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O que fazer com essa nossa excelência?

“Ok, sou melhor que as outras pessoas. Mas e agora?”

“Ok, sou melhor que as outras pessoas. Mas e agora?”

Existem pessoas que se sentem melhores do que seus pares, seja por se acharem mais inteligentes ou mais bonitas, mais capazes ou mais espirituais, mais sensíveis ou mais observadoras, etc.

Muitas vezes, essa percepção de superioridade acarreta sensações de melancolia, tédio, solidão. Essas pessoas se sentem pouco compreendidas, sem ninguém para conversar, levando vidas vazias.

Naturalmente, não cabe a mim determinar que nenhuma pessoa é menos fodona do que ela se acha.

Mas levanto a seguinte hipótese:

Digamos que uma pessoa seja realmente superior (sic) às que estão à sua volta.

Ela pode usar suas pretensas habilidades superiores para tirar vantagem dessas pessoas ditas inferiores… ou para servi-las e ajudá-las, acolhê-las e abraçá-las.

Uma pessoa claramente mais articulada e criativa do que a média pode usar sua lábia para convencer pessoas a se endividarem para comprar bens de consumo que elas não precisam….

Ou para convencê-las a vacinar suas filhas.

E assim por diante.

Cada pretensa superioridade (sic hiper sic) sempre pode ser usada para si ou para as outras pessoas, para vantagem pessoal ou para vantagem coletiva.

A escolha é de cada uma de nós, a cada minuto de cada dia.

* * *

Pós-escrito

Mostrei esse texto para diversas pessoas amigas e, rara unanimidade, ninguém gostou.

Disseram que eu estava passando a mão na cabeça de arrogante, estimulando o ativismo condescendente da esquerda, etc.

Entretanto, a premissa básica dos meus textos é que somos o que FAZEMOS, não o que sentimos ou pensamos.

Então, se uma pessoa se acha o máximo, não considero minha tarefa dissuadi-la dessa opinião. (Na verdade, pouco me interessa o que ela pensa de si mesma.)

Mas o mundo será um lugar melhor se ela estiver distribuindo sopa para mendigos (mesmo que de forma totalmente condescendente) do que em casa, chafurdando na própria superioridade.

A proposta dos meus textos é estimular as pessoas à ação coletiva em prol do Outro e não resolver seus problemas mentais e autoimagens distorcidas.

* * *

Digam lá o que pensam. Sempre quero muito saber as opiniões de vocês.

* * *

Pós-escrito II

Hoje, 29 de maio de 2019, acabei de gravar o áudiobook do meu novo livro Atenção.

Agora, o material está na mão das santas pessoas que vão editar tudo isso, apagar todas as minhas gagueiras e estalos de língua e me fazer até parecer alguém que sabe falar.

(Vai sair em breve pela Tocalivros.)

Enquanto isso, em Curitiba, seguem os ensaios da peça Outrofobia, baseada nos meus textos e com estreia marcada para 27 de junho.

(A página da peça está bem movimentada, cheio de novidades.)

Está acabando a temporada de lançamentos de Atenção., e o livro vai começando a ser esquecido, vai saindo das mesas de livraria e indo para as prateleiras.

Então, se você leu Atenção., por favor, não deixe o livro morrer.

Espalhe por aí. Deixe uma avaliação ou resenha na Amazon ou no Goodreads, fale nas redes sociais, publique uma foto sua com o livro.

Tudo isso ajuda muito, muito mesmo, mais do que você imagina.

Semana que vem, já de volta ao Rio, faço uma nova remessa de Atenção.

Se você quer receber sua cópia com dedicatória apócrifa e marcador exclusivo, compre no link abaixo, e eu te agradeço:

alexcastro.com.br/atencao

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