nasci no sábado de carnaval de 1974. só na minha sala, havia 8 alexandres. é um dos nomes mais comuns da minha geração. já interroguei todas as mães de alexandres nascidos nessa época e elas negam a existência de algum alexandre famoso causador dessa avalanche. ainda não desisti de encontrá-lo.
faz uns alguns anos, um moço chamado raoni comprou um dos meus livros.
lá pelos idos de 1989, o cantor inglês sting e o cacique raoni correram o mundo, dupla dinâmica ecológica, tentando chamar atenção para o desmatamento da amazônia. dizem que o sarney não aguentava mais eles.
e, agora, hoje, já tem gente chamada raoni votando, transando, comprando meu livro.
fim de semana passado, em brasília, realizei a palestra “as prisões” na casa de um leitor universitário chamado laio.
laio é um nome grego clássico. o velho rei de tebas. pai de édipo, marido de jocasta, morto em uma encruzilhada pelo próprio filho que ele enviara para a morte.
mas também foi um personagem da novela mandala, exibida pela globo em 1988, uma releitura da velha tragédia grega. jocasta era vera fischer, édipo, felipe camargo e laio, o veterano perry salles.
envelheço, envelheço. mas é melhor que a alternativa.