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Elogio às forças armadas

A esquerda precisa urgentemente reatar relações afetivas, intelectuais, estratégicas com as forças armadas.

A esquerda precisa urgentemente reatar relações afetivas, intelectuais, estratégicas com as forças armadas.

Defesa, teoria militar, geopolítica, nada disso é “coisa de direita”. Aliás, todas as revoluções populares que tivemos foram ganhas e, depois, mantidas por forças armadas coesas, unidas, eficientes.

(Os escravos do Haiti conquistaram sua independência das armas; Cuba manteve a sua da mesma maneira. Os exemplos são inúmeros.)

As forças armadas não têm lado: elas são do lado de quem estiver lá, ocupando suas patentes, estudando suas questões, articulando suas prioridades.

Se a esquerda hostiliza as forças armadas desde a redemocratização, é natural que elas sejam majoritariamente ocupadas por pessoas de direita.

Na foto, de 11 de outubro, a nossa fragata “Liberal”, atual navio-capitânia da Força Tarefa Marítima (FTM) da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil, sigla em inglês) socorrendo refugiados de um barco à deriva na Costa do Líbano.

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Forças armadas são necessárias

O Brasil querer ter forças armadas capazes de derrotar os EUA é loucura, mas não ter forças armadas capazes de derrotar a Argentina é uma temeridade.

Sem forças armadas operantes, a diplomacia é um exercício de retórica vazia. Um exército é como um seguro: pagamos todo mês esperando nunca usar e, quando precisamos, salva a nossa vida.

Não faltam exemplos de nações, ao longo da história, que eram pacíficas, amantes das artes, etc etc, e desapareceram tragadas por um bando de idiotas que dedicou seu tempo a treinar arco e flecha.

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O militar merece respeito

Além disso, aqui de fora, do mundo civil, é fácil esquecermos a dureza da vida militar.

O militar de carreira, o que tem mestrado e doutorado em Engenharia Militar ou Estudos Estratégicos, é um profissional do caos, da morte, do horror. Ele passa toda a sua vida se preparando para funcionar nas piores circunstâncias possíveis e imaginárias, sabendo que só será chamado para atuar quando todas as alternativas tiverem falhado.

Respeito alguém que faz essa escolha.

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As forças armadas não são fofas ou lindas, ou, pelo menos, não mais do que qualquer outra área profissional.

Elas somente não podem ser ignoradas. Elas não vão sumir se fingirmos que não existem — e não é do nosso interesse que sumam.

Fingir que não existem apenas faz com que se virem contra nós.

Se nosso quintal precisa de um cão de guarda feroz (e, sim, precisa), a nossa escolha é: vamos fazer amizade com ele ou não?

Se você não for amigo do seu cão feroz, na hora mais necessária ele pode tanto atacar o ladrão invasor quanto você.

(Receio que, nos próximos anos, essa questão se tornará cada vez mais importante.)

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Pra começar, recomendo seguir os perfis institucionais das forças armadas, ver o que está acontencendo com elas, como elas falam de si mesmas, como se pensam, como se enxergam:

Exército
twitter.com/exercitooficial
facebook.com/exercito

Marinha
twitter.com/marmilbr
facebook.com/marinhaoficial

Aeronáutica
twitter.com/portalfab
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Ministério da Defesa
twitter.com/DefesaGovBr
facebook.com/ministeriodadefesa

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