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Acordar de bom humor

Hoje é um dia em que tudo pode acontecer.

Todo dia, acordo e penso:

“Estou vivo. Não morri durante a noite. Tenho (talvez) mais um dia. Um dia pra eu fazer o que eu quiser. Um dia que pode mudar minha vida. Um dia para ir à praia, trabalhar no meu romance, ler A montanha mágica, me masturbar gostoso, rever quinze episódios de Seinfeld. Um dia roubado do tempo. Um dia antes da morte. Hoje. Agora.”

Enquanto isso, Capitu percebe que acordei e vem lamber meu rosto: tem dias que não sei se é a minha empolgação que a contagia, ou vice-versa, mas levantamos ambos da cama empolgados, felizes, ansiosos.

Entendo e respeito as pessoas que acordam mau-humoradas. Sei que nem todo mundo tem os meus privilégios, seja de passar o dia fazendo o que quero, seja de não precisar de remédios para que meu cérebro funcione adequadamente. Entendo e respeito que minha empolgação matinal pode ser insuportável para essas pessoas — e espero que entendam e respeitem que, para mim, seu mau-humor idem.

Porque, em minha vida, cada dia é uma alegria irreprimível. Acordo às cinco da manhã (quando poderia acordar a qualquer hora) porque morrerei em breve, não sei quando e já quero começar logo a fazer tudo aquilo que tenho pra fazer.

Estou terminando o livro das Prisões e começando um romance sobre viagem no tempo, voluntariando em meu templo e facilitando um grupo de estudos. Lancei um novo livro em março, gravei um audiolivro em maio e, esse mês, estreia em Curitiba a primeira peça baseada em meus textos. Além disso, tenho uma imersão marcada, no sudeste, em julho.

Então, para quê ficar na cama… se posso estar criando literatura?

* * *

Uma amiga me perguntou:

“Você sempre foi assim?”

Não apenas sempre fui, como demorei uns trinta anos para descobrir que havia pessoas que nunca eram assim. Ou seja, não pessoas que acordam mau-humoradas por algum motivo específico, mas pessoas que sempre acordam de mau-humor, porque esse é o seu normal.

“Alex, não pode ser. Será que você não está na mania?”

Olha, pode até ser, porque tudo pode ser, mas, como já estou assim há 47 anos e contando, me parece que é mais razoável presumir que as coisas vão continuar como estão.

* * *

Pós-escrito

Imersão “As Prisões: Práticas de Atenção” no SUDESTE

Não é TOP PREMIUM DELUXE!!!!!!

As VAGAS não estão ACABANDO!!!!

Não tem PROMOÇÃO POR TEMPO LIMITADO!!!!

Você não ganha UM SUPER BÔNUS!!!!!!

Não vai ter TRANSMISSÃO AO VIVO NA INTERNET!!!!

Não tem GATILHOS MENTAIS DE VENDAS!!!!!!!!!!!!!!

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Local: Areias, SP, meio do caminho entre RJ e SP.

Data: 26 a 28 de julho de 2019.

Valor: R$300 até 30jun; depois, R$400.

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É só um encontro que acontece de ser bonito e chacoalhante.

(Ou é o que dizem as veteranas!)

Que eu faço regularmente.

(Se você perder esse, vai ter um próximo)

Que você pode vir de graça ou pagando menos.

(É só falar comigo.)

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Alguns depoimentos:

“O encontro As Prisões com o Alex Castro é uma coisa fora de série. Lembrei de um texto do Rubem Alves, sobre a falta de espaços de escutatória – e é isso o que As Prisões, num primeiro momento, proporciona. Depois que você chega lá, começa a conversar e entrosar com o pessoal, realmente pensa: ‘poxa que legal, um espaço de escutatória – vamos conversar, nos conectar…’ – até que nós começamos a praticar os exercícios propostos por ele e vemos que o evento vai além. É incrível. Se você é aquela pessoa meio ‘ovelha-negra’, que não faz exatamente tudo o que a sociedade espera (ou gostaria de não fazer), esse pode ser o seu lugar – você se encontra. Existe um sentimento de partilha muito bonito e a compreensão é precisa. Me espantei bastante em encontrar pessoas que pensavam semelhante a mim, geralmente eu tenho esse problema de se sentir deslocado nos grupos. Vale a pena total.”

Igor Niemeyer

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“[Os textos do Alex] um a um foram de encontro ao que tinha de mais íntimo e subjetivo na minha maneira de pensar e ver o mundo. Um olhar profundo e sincero, direto e realista, sem mimimi, sem meias palavras. Não foi fácil, mas naquele momento da minha vida muito necessário! Me ajudaram a colocar lucidez e clareza que faltava à minha vida e às minhas escolhas. Como se não bastasse os textos incríveis tinha a tal imersão! Vi alí a oportunidade de me aprofundar ainda mais nessa busca interna e ainda conhecer outras pessoas que buscavam esse encontro. E assim foi, aliás, foi muito melhor que imaginava. Exercitamos (como uma academia mesmo) o olhar generoso ao próximo, o reconhecimento da maneira egocêntrica e ansiosa com que agimos e reagimos ao mundo, me senti acolhida. Através de todos os exercícios propostos, as leituras sugeridas e a escutatória, que é o ponto alto da imersão, pude trabalhar os diversos “nós”, aqueles pontos de conflitos que doem e fazem a gente reagir de maneira egoísta e nos afastam da prosperidade. Enfim, foi uma catarse, saí transformada e me sinto muito mais segura para enfrentar os desafios do mundo real. Certamente, irei participar de muitos outros encontros, pois cada encontro é único e imprevisível. Sou grata e me sinto privilegiada por esse encontro. Vida longa às “Prisões””

Juliana Verzolla

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“esta experiência foi um convite para me voltar para dentro e refletir sobre as coisas que encontrei por lá. sobre hábitos narcisistas que assinalam meu egocentrismo e que sequer me dava conta. ao mesmo tempo ela também convida a olhar para fora, com generosidade e sem julgamentos, tornando-me uma pessoa melhor para as outras através do exercício da empatia. é também uma oportunidade para conhecer pessoas raras e especiais. obrigada, alex, por me proporcionar experiências tão ricas e com tantos ganhos! e obrigada por dar através do seu trabalho uma importante contribuição à sociedade.”

Natália Olívia

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mais detalhes:
alexcastro.com.br/encontros/imersao-prisoes

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