acompanhar o noticiário converteu-se em um investimento narcissista.
eu me informo sobre a crise no egito não por empatia e curiosidade, não por realmente me importar com o destino do povo egípcio, mas sim para me gabar de minha cultura, para ter assunto no almoço com as colegas de trabalho, para impressionar a chefa.
ou, como diz a nova campanha de um canal de notícias que sabe EXATAMENTE o que está vendendo:
e eu me pergunto: o que quero? me tornar indispensável? ou me tornar uma pessoa melhor?
existe algo de seriamente errado em uma cultura que vende como fundamental a necessidade de saber o nome do presidente da frança mas não do porteiro do prédio.
Uma resposta em ““torne-se indispensável””
Excelente texto Alex! As pessoas sentem uma obrigação de saber as notícias, mesmo sem muitas vezes entendê-las. Como você disse, é (mais uma) forma de manter as aparências, uma obrigação social.