estou trabalhando na biblioteca nacional josé martí, em havana, em plena praça da revolução, espécie de cinelândia cubana.
quinta-feira agora, 1º de maio, é a grande festa do dia do trabalho, apoteose do socialismo, maior celebração do ano.
já faz uma semana que estou acompanhando diariamente todos os preparativos na praça, os testes de som dos gigantescos alto-falantes, os ensaios, as decorações.
nos jornais, só se fala disso. quem vai desfilar por onde, quais ruas estarão fechadas, quais linhas especiais de ônibus farão o transporte para lá, etc.
mais de um milhão de pessoas devem vir.
e eu, idiota, marquei minha passagem de volta para o rio no dia 30 de abril.