não necessariamente os livros que gosto mais. ou mesmo os livros que admiro.
mas os livros que mais me marcaram mesmo, que mudaram meu jeito de ser, de pensar, de escrever, de contar histórias, de ler.
biblia
declinio e queda do império romano, gibbon
agua viva, lispector
a hora da estrela, lispector
memórias de um caçador, turgeniev
folhas de relva, whitman
walden, thoreau
lord jim, conrad
os miseráveis, hugo
ficções, borges
cecilia valdés, villaverde
manual dos inquisidores, antunes
os trópicos, miller
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ninguém lê do mesmo jeito depois de ler ficções. água viva e manual dos inquisidores me ensinaram que eu podia fazer muito mais com a língua portuguesa do que imaginava possível. a bíblia e gibbon me ensinaram tudo o que sei sobre a arte de contar histórias. os trópicos e folhas de relva me ensinaram um amor pela vida além de todas as fronteiras e de toda a lógica. walden e lord jim me ensinaram, pelo contrário, um certo autocontrole e uma sobriedade que são tão importantes quanto. cecília valdés me mostrou como os horrores da escravidão podem virar grande literatura. hora da estrela, miseráveis e memórias do caçador me ensinaram como escrever e como abordar as histórias das pessoas humildes e marginalizadas.
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não entraram na lista meus dois autores preferidos, que me marcaram pela enormidade da obra e não por nenhum livro específico: tchecov e kafka.
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