Quando você compra algum de meus livros na minha mão, você ganha (além do gostinho de apoiar um artista que você curte) dois marcadores de página exclusivos e uma dedicatória apócrifa única e 100% ficcional.
Acabei de despachar uma nova leva de exemplares de Atenção., todos com as suas dedicatórias apócrifas.
(Para ter seu exemplar enviado na próxima remessa, compre aqui.)
Algumas vezes, escrevo como um pai dedicando um livro à filha. Noutras, como um filho dedicando o livro ao pai. Amante rejeitando, ou amante rejeitado. etc etc.
As dedicatórias fazem parte da própria ficcionalidade das obras e ajudam a borrar um pouco mais a relação autora-leitora.
Além disso, cada edição de cada um dos meus livros de ficção tem sempre uma biografia do autor apócrifa e diferente.
Todas essas iniciativas, que parecem brincadeira mas não são, fazem parte do mesmo projeto artístico de apagamento do autor, de demonstrar que o autor não importa, só o texto importa.
Ocasionalmente, as dedicatórias causam problemas, crises de ciúmes, revoltas paternas. Hoje, soube de uma moça que pegou antipatia de mim por ter pensado que a dedicatória era algum tipo de indireta sarcástica contra ela.
Quando isso acontece, apesar de eu saber que a possibilidade sempre existe, fico bem chateado e peço desculpas.
Só pessoas lindas e incríveis compram livros independentes direto da mão do autor — ao invés de simplesmente comprarem o novo best seller genérico na FNAC mais próxima. A última coisa que quero é chatear minhas leitoras fiéis.
Então, mais uma vez, perdão.
As dedicatórias são minicontos ficcionais: quaisquer correspondências com a realidade serão sempre mera coincidência.
Se você tem uma dedicatória apócrifa que gostou, compartilhe uma imagem dela nos comentários.
E eu te agradeço.
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Abaixo, alguns exemplos da última leva.