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dario fo no rio

dario fo. dramaturgo italiano. maluco. comunista. improvisador. pícaro. legítimo herdeiro de brecht. por lapso do sistema, ganhou o nobel de literatura de 1997.

duas peças em cartaz no rio.

no serrador, ali na cinelândia, em excelente ocupação pela companhia alfândega 88, júlio adrião no monólogo a descoberta da américa. sobre um marinheiro da frota de colombo abandonado no novo mundo. simplesmente excelente. humano. enorme. engraçado.

(as próximas apresentações são entre os dias 28 de novembro e 2 de dezembro, às 19 horas.)

no cândido mendes, em ipanema, ali do lado da praça nossa senhora da paz, outro monólogo: il primo miracolo. ou seja, o primeiro milagre. (será que acharam que, se colocassem o título em português, pareceria uma peça evangélica?) é a história da infância do menino jesus, contada através dos evangelhos apócrifos, e do seu controverso primeiro milagre. poucas vezes vi uma performance tão linda, tão humana, tão forte, tão carismática quanto a de roberto birindelli. ali, sozinho no palco. sem nenhum adereço ou parafernália. só ele, nós e a luz. belíssimo.

(às terças e quartas, às 21 horas, até 19 de dezembro.)

ao final da peça, uma fala de birindelli me ficou na memória: esse espaço só é teatro nessa breve hora enquanto estamos todos aqui juntos; antes e depois disso, é apenas um chão de tábuas sujas.

il primo miracolo

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