Bilhete em casa de suicida:
“Vou andar até a ponte.
Se alguém sorrir, não pulo.”
Pulou.
Penso muito nessa pessoa.
Queria salvá-la, acolhê-la,
ensinar um segredo, um truque:
as ruas são cheias de sorrisos,
a começar pelos meus próprios.
Sorrio para todas as pessoas,
quase todas sorriem de volta.
De sorrisos, escolho ser vetor,
não hospedeiro.
Não mereço sorrisos,
forneço sorrisos.
* * *
“One of the most often-told stories about Golden Gate Bridge suicides concerns a visit Motto made in the 1970s to the apartment of a recent bridge jumper. ‘The guy was in his 30s,’ Motto related, ‘lived alone. Pretty bare apartment. He’d written a note and left it on his bureau. It said, ‘I’m going to walk to the bridge. If one person smiles at me on the way, I won’t jump.'” Apparently, no one did.”
The Final Leap: Suicide on the Golden Gate Bridge (2012), John Bateson, pp.140-1.
* * *
Leia também:
5 coisas que eu gostaria de dizer às pessoas que pensam em suicídio