o filme ela, de spike jonze, é sobre um homem que se apaixona por um sistema operacional.
lá pelo fim, ele fica inseguro e pergunta com quantas pessoas ela está falando naquele exato momento.
“oito mil trezentas e dezesseis”, responde ela.
a próxima pergunta é inevitável:
“e você está apaixonada por alguma outra pessoa?”
“seiscentas e quarenta uma”, e ela ainda acrescenta, “mas isso não muda nada nos meus sentimentos, não influencia no quanto estou loucamente apaixonada por você!”
“então, você não é minha”, ele diz.
“eu sou sua”, ela responde, “e também não sou sua.”
naturalmente, ele dá um piti.
o cara estava de boa em “namorar” e fazer sexo virtual com um software incorpóreo que era basicamente sua escrava e sua stalker.
mas se ela (que é um pedaço de código, vamos lembrar) está apaixonada por outras seiscentas pessoas, opa, peralá, agora ficou estranho!
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