Nossa essência, nossa personalidade, nossa sexualidade, são construídas por nossas ações: interagimos com o mundo através dos nossos atos.
Ninguém está lá muita interessada no que pensamos, no que sentimos, em nossa essência, em toda essa linda complexitude reluzindo dentro de nós.
O que importa é o que fazemos.
Não temos escolha de ser quem somos, mas temos escolha de agir como agimos.
Por isso, poucos conselhos são mais canalhas do que “seja você mesma”.
A maioria dos problemas do mundo veio de pessoas que estavam simplesmente “sendo elas mesmas”.
Mais importante do que sermos nós mesmas é sermos quem queremos ser.
Todas as forças do universo nos impelem a nos conformar, a aceitar as regras do mundo, a ceder, nos moldar.
Ser a pessoa que queremos ser é uma luta diária, surda, interna, contra nossos próprios preconceitos, nossas mesquinharias, nossos egoísmos.
Ser quem queremos ser é o mínimo que devemos a nós mesmas.
Se não somos nem isso, então não somos nada.
Decidir ser uma pessoa mais empática, mais atenciosa, mais cuidadosa, entretanto, é fácil.
Ser de fato essa pessoa, todos os dias, sistematicamente, é muito mais difícil.