confesso: acredito viver no melhor universo possível.
não suportaria existir em um universo regido por uma força divina misteriosa e caprichosa.
não suportaria saber que minha alma viverá eternamente, em eterno prazer ou eterno sofrimento, baseado no que fiz ou deixei de fazer nesses poucos anos terrenos, de acordo critérios inescrutáveis definidos por um ser para o qual sou menos que uma ameba.
se existe deus, então todos os esforços da humanidade para se entender e se auto-gerir, toda a ciência e toda a filosofia, de nada valem. se existe deus, então não existe ética ou moralidade: somente adequação ou não às regras impostas por essa divindade.
se existe deus e temos o livre-arbítrio, então o arbítrio de livre não tem nada, é uma dádiva da qual só desfrutamos porque nos foi concedida e pode ser tirada tão facilmente quanto.
se existe deus, então a vida não tem nenhum sentido. quem tem sentido é deus e o nosso sentido provém dele. não somos mais do que suas cobaias, manipuladas daqui pra lá, correndo como hamsters em rodinhas, ignorantes de seus verdadeiros propósitos. ao seu bel-prazer, somos mortas, escravizadas, santificadas, até mesmo afogadas em massa, quando falha o experimento.
se deus não existe e o universo é aleatório e sem sentido, a humanidade está livre para criar, através de suas ações e de seus pensamentos, de suas obras e de suas vontades, dia a dia, século a século, o seu próprio sentido.
por outro lado, se deus existe, o universo já tem sentido, um único sentido, o sentido que vem de deus, o sentido que está dado, e só cabe a nós descobrir esse sentido e viver de acordo com ele.
se deus existe, não há criação de sentido possível. não temos como ressignificar o mundo, a humanidade, o cosmos. não temos como dar sentido nem a um botão de rosa.
para mim, esse sim é um universo no qual não valeria a pena nem sair da cama.
* * *
talvez deus realmente exista. talvez sejamos todas somente marionetes em seu projeto cósmico.
mas, ainda assim, prefiro inverter a aposta de pascal. se não tenho a liberdade de dar sentido à minha vida, melhor então a ilusão da liberdade do que nada.
* * *
sou ateu não por ter concluído, após cuidadosa análise das evidências empíricas, que não existe base factual para sustentar a existência de deus.
sou ateu porque eu só poderia existir e funcionar como ser humano em um universo sem deus.
sou ateu porque preciso.
a gente não acredita no que quer, a gente acredita no que pode.
* * *
algumas pessoas às vezes me perguntam:
“então, você está vivo para quê?”
“para nada,” eu respondo. “para absolutamente nada. só estou vivo. não basta?”
a pessoa insiste:
“qual é o sentido da sua vida, então?”
“nenhum”, eu respondo. “absolutamente nenhum. só estou vivo. não basta?”
algumas vezes, a pessoa desafia:
“então, por que não se mata?”
além de ser uma pergunta agressiva e mal-educada, confesso que nunca entendi bem essa provocação. é como se eu estivesse gostosamente me balançando em uma rede e alguém perguntasse:
“se você sabe que vai ter que levantar daí inevitavelmente, por que não se levanta agora?”
mas a resposta me parece simples e auto-evidente:
“eu não me levanto agora porque agora estou muito bem aqui me balançando na rede.”
então, não me mato agora porque agora estou muito bem aqui vivo, comendo pipoca e me masturbando, indo à praia e lendo freud, essas coisas que uma pessoa faz quando está viva. não me mato porque quero ler o próximo romance do lobo antunes e ver o próximo filme do almodovar. não me mato porque tenho pelo menos umas quatro peças de teatro e uns cinco romances na cabeça que ainda quero escrever.
mesmo em um universo aleatório e sem deus, por que essas prosaicas razões não deveriam ser suficientes para uma pessoa não se matar?
quando chegar a hora de levantar, eu levanto. quando chegar a hora de morrer, eu morro.
até lá, aproveito.
* * *
uma amiga me perguntou:
“como alguém, um ser humano, consegue suportar a ideia de que, a qualquer sopro malfadado do destino, pode morrer e simplesmente sumir? nunca mais sentir, amar, sorrir, brigar, pensar, existir? … para a minha pobre consciência simplesmente e inadmissível deixar de existir.”
mas… se tudo acaba, se até mesmo o sol vai acabar, por que seria justamente eu a não acabar nunca? por que eu seria tão importante assim? aliás, por que a questão da minha existência seria minimamente importante? por que eu deixar de existir é mais ou menos dramático do que um coelho deixar de existir?
passei a existir no momento no tempo que convencionamos chamar de 1974 mas, antes disso, eu não-existi por um período literalmente infinito. e não foi ruim. não doeu. não foi desagradável.
muito em breve, voltarei a não-existir por um período infinito de tempo. se não era ruim antes, por que seria ruim depois? por que ter medo de voltar a um estado que já experimentei e que não foi ruim?
na verdade, considerando o tempo que passamos existindo e o tempo que passamos não-existindo, nosso estado natural é a não-existência.
existir seria apenas um breve soluço, um glitch, um bug, dentro de uma perfeita, plena e eterna condição de não-existir.
somos todos seres inexistentes que, por um acaso, existem.
mas não por muito tempo.
66 respostas em “sou ateu porque preciso”
Excelente texto!
Muito coerente, gostei muito da argumentação. Foi a melhor que vi!!!
Se alguem quer que um outro não continue ateu, é so responder com comprovações e sem fantasias o que o ateu quer saber. Aí vai uma pergunta:
Pq uma criança que é imaculada, passa pela injusticade ser assassinada depois de ser violentada por um ser sem deus? Pq o pai permite que um inocente passe por tamanha sofrimento?
O ateísmo é fascinante, o ateísmo é cativante, o ateísmo é inspirador, o ateísmo é intelectualmente estimulante. Eu tenho orgulho de ser ateu, mas não sou um ateu comum. Sou um entusiasta do ateísmo, se o ateísmo é o meu nome, o ceticismo é meu sobrenome. Dá mesma forma que existem os fundamentalistas cristãos ou fundamentalistas islâmicos, eu sou um fundamentalista ateu. Um dos principais indícios de um alto QI, de uma inteligência acima da média, é o ateísmo precoce. Eu sou ateu militante (não niilista) desde os 12 ou 13 anos de idade. Não me satisfaço em apenas ser ateu, eu quero “converter” as pessoas ao meu ateísmo. Metaforicamente falando, se eu puder salvar (hahaha) apenas uma pessoa, já terá valido a pena. Eu quero infectar as pessoas, contaminá-las com meu ateísmo. Meu ateísmo é seco, meu ateísmo é contundente, meu ateísmo é ácido. E eu nunca estive dentro do armário.
Eu venho de uma família cristã protestante, e na igreja a qual eu frequento acontecem coisas como pessoas caírem com a “presença de Deus”, relatos de pessoas que tiveram visões, ou até testemunhos de milagres que acontecem lá dentro,
E esses episódios me deixam muito confuso, porque na bíblia tem várias contradições a qual mostram que a mesma tenha muitos erros, e isso faz jus a não existência de deus…
Um dos principais indícios de um alto QI, de uma inteligência acima da média, é o ateísmo precoce. Eu sou ateu militante (não niilista) desde os 12 ou 13 anos de idade.
Nos Estados Unidos, 97% dos cientistas membros da Academia Nacional de Ciências são ateus. Enquanto apenas 3% da população carcerária são de ateus.
Venho de família muçulmana,e nos últimos tempos tenho questionado a existência de Deus. Não somente pelas experiências terríveis que tive em minha vida pessoal,mas pensando nas misérias do mundo como um todo. O que não me deixou ser ateu ainda não foi a religião em si ,nem o medo do que vem depois. O que me impede é o Alcorão ,mas não a questão dogmática ,mas sim as revelações científicas contidas nele ,como por exemplo o Big Bang ,Embriologia ,física ,química e outras questões que não teria como ninguém saber há 14 séculos atrás . Isso é o que me afeta e me deixa confuso. Como pode estar descrito o Big Bang e a contínua expansão do universo nesse livro? Para quem quiser ,é só procurar “ os milagres científicos do Alcorão “. É algo impressionante. Mas ainda assim fico questionando a existência ou não de Deus,e pra mim a ideia de Deus está ficando muito pesada,não sei. Talvez eu vire Ateu. Como disse o Alex “ porque preciso “.
Que segue cegamente pela fé basta uma igreja e santo de barro ou papel para dizer amém. Não existe cego,que não queira enxergar. O pior cego é aquele que se humilhar e se ajoelha diante de doutrina e charlatão. Ou seja. Aquele que enxerga mais não se define.
Sou ateia assumida. Porque sei que a religião é uma farsa, que Deus um mito criado pela mente humana.Isso é tudo que sei que sou. Não há nada, nada que me faz acreditar em narrativas falácias. Não me ajoelho diante de doutrina e charlatão.
Pena que nenhum de vocês ateus poderá vir das cadeias da escuridão, quando morrerem, pra dizer que realmente Deus existe, e muito, mas muito maior que voces , e faz o que lhe apraz , sem ter que dar satisfação a ninguém.Por isso Ele e DEUS.
Desculpe mas pra mim,a vida só tem sentido se ela for eterna.
O universo está ai há milhões de anos com suas leis naturais. Todas as coisas o universo já vem definido. Uma pessoa é uma pessoa e pronto. O que está definido não se explica. Eu sou ateia assumida. Porque sei que DEUS e religião criado. Isso é tudo que sei que sou. Não há privilégio maior de que pertencer a si mesmo. O melhor livro que já li “O Deus que nunca existiu “Osho. Foi conclusivo para meu entendimento.
Bem…. a crença em Deus se baseia em fatos solidos…. Exemplo de um deles é a conhecida história da biogenese e abiogenese. Foi comprovado por meio de evidências sólidas que a vida só surge de outra preexistente.
Então o que você preferiria? Crer que seu corpo e sua vida não são obras do simples acaso ou se opor a um fato cientifico aceito e comprovado, menosprezando a complexidade de todas as coisas feitas a um simples acaso irracional e atribuindo ao pó do solo as características que pertencem a Deus, o dador da vida?
O fato é que você ainda não aprendeu nada sobre quem realmente é Deus e, cá entre nós, as religiões mentem…
a gente não acredita no que quer, a gente acredita no que pode.
Cara, a única coisa que você fez neste texto foi se inspirar em filosofia ateísta e falar de uma perspectiva de vida vista apenas por você…
Busque outros pontos de vista, daqueles que você apóia e daqueles que você julga, estude aquele que você não acredita pela fonte original antes de tirar conclusões precipitadas do seu modo de viver…
Belíssimo texto, sempre fui um cara de frequentar igrejas, sempre tentei ter fé, mas no fundo eu era um cético e um descrente da maioria das coisas. Sempre justificando os eventos que aconteceram na bíblia por meio da fé que eu pensava que tinha. Um belo dia desisti de ficar tentando justificar as coisas e passei a questionar a usar a logica ( como estudante de exatas tenho esta tendência de usar o raciocínio lógico pra responder algumas questões. Um dia me peguei perguntando a mim mesmo, “porque está necessidade de viciar eternamente” se tudo que é observável tem um início, meio e fim, porque eu seria diferente. Dai em diante os “mitos” foram sendo destruídos como numa avalanche. Hoje não acredito em nada, não sei se estou melhor ou pior do que antes, mas pelo menos temhobpaz comigovmesmo.
MORRER,…É DORMIR E NÃO ACORDAR NUNCA MAIS!…STOP……..
VIA APOS A MORTE, É “WISHFUL THINKING……queremos que seja verdadeiro, mas não é!
não acredito em deus e nunca acreditei, para mim a vidada esta e pronto
O simples fato de ser ateu é um problema pessoal de cada um que não concorda com a fé,ate aí tudo bem,entendo e respeito,mas porque debochar dos outros que tem fé.Respeito se coquista quado demostramos ele aos outros.Sou cristão e convivo dia a dia com pessoas diferentes quanto a crer ou não crer e isso não atrapalha o meu convívio com elas,o respeito é mutuo,mas minha opinião é que quando alguém ataca outro independentemente de ter fé ou não é porque o infeliz quer que todos sejam como ele,cego,pobre,miserável e nojento. O mundo(digo o universo com tudo que nele há) é regido por leis,normase regulamentos,tudo na vida é assim,impossível de viver sem princípios,todo mundo tem,até os animais tem.Se alguém quer viver sem princípios o mesmo não pode ter família,trabalhar em grupo,viver em sociedade,deve portanto viver recluso e sem ninguém por perto,criar um mundo só dele.
De um lado, um vizinho que me dá um bom-dia, que me arranja um xícara de açúcar que me pede algo quando precisa…
Do outro, um outro que nada dá, nada pede…
Ambos existem, eu bem sei…
Daí que a questão da existência deles é algo secundário, irrelevante…
O que realmente importa é a influência que eles podem ofertar a mim e, de preferência, que seja boa…
Pra se ter uma ideia, nem o nome do outro vizinho eu sei…
Decidi batizá-lo de ‘seu Zé’… mas depois achei bem melhor ‘seu Deus’!
Digamos q acho que ele existe mas em nada influencia em minha vida, logo seria como um zero à esquerda!!!
A crença em deus sem o manto da filosofia empalidece.
http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/a-cren-a-em-deus
Poderia me indicar mais sites parecidos com esse? Achei genial o conteúdo!
ACREDITO que existe um mundo paralélo a este que vivemos,uma outra dimensão,onde seremos eternos,como dizia TOMÉ morre o corpo fisico,e libera a alma ,ou a energia que carrega o corpo,como energia não acaba,vamos viver eternamente.NADA DE RESURREIÇÃO reencarnação arrebatamento,ir para o céu,chega desses baratos esses dogmas,não existe religião verdadeira.
Não diria que sou ateu,nem agnóstico. Apenas isso: Deus não me importa. O que me importa é o planeta e os habitantes da terra-os seres humanos a vida, e o universo. eu acredito em coisas que fazem sentidos…
O fato irrefutável é de que a vida teve uma origem… Basicamente as tentativas (teorias) de respostas são duas: evolução e criação…
Na primeira, o universo e tudo que somos é consequência de processos evolutivos de milhões e milhões de anos… uma explosão e nossos antepassados são “primatas”. Lembre-se: Use a expressão “primata”, porque “macaco” pode resultar num enorme processo judiciário. Curioso, porque se essa for nossa origem, qual é o problema de sermos chamados de…
A segunda possibilidade é a da criação, ou seja, existe um ser superior, Deus, que em algum momento criou todas as coisas. “Cada um segundo a sua espécie”… Independentemente da existência ou não de Deus, prefiro essa segunda opção, na qual remonta a existência dos meus antepassados como tendo origem nas mãos do Criador, “à Sua imagem e semelhança…” Ainda que não possa ver a Deus e portanto não saiba como Ele é, duvido que seja menos inteligente que um “primata”…
Outro fato irrefutável: nenhuma das hipóteses podem ser remontadas, reconstruídas, por isso são conhecidas por Teoria da Evolução e Teoria da Criação… Um pelo outro, gosto de uma frase que ouvi em um Fórum Mundial que participei em Brasília, onde um cientista concluiu sua palestra: “Não conheço nenhuma explosão que tenha gerado evolução, por outro lado, acredito que Deus é Grande demais pra caber num tubo de ensaio.”
É isso! E viva o livre-arbítrio. Quem “concedeu”? DEUS!
A fé só teria sentido se Deus protegesse você e sua família de verdade. O cristão reza todas as noites, vai à igreja, cumpre os mandamentos; ele é um cristão perfeito e DO JEITINHO QUE DEUS GOSTA, mas mesmo assim, sofre injustiças, contrai doenças graves, e morre prematuramente em acidentes TANTO QUANTO aquele que não tem fé, o ateu. Não há diferença.
Então a pergunta: Pra que serve esse deus? Se para ele nada é impossível e é todo AMOR, por que nesses momentos críticos em que o fiel mais necessita dele, ele não se faz presente?
Será que o fiel crê por medo de ir para o inferno, ou por falta de personalidade e raciocínio para admitir que o Universo existe por força de algo superior QUE NÃO CONHECEMOS.
Nota – O caminho mais seguro para o ateísmo é ler a bíblia atentamente
Ser ateu ou não, no meu entendimento não é nada, gostei muito do texto que você escreveu, com muitos questionamentos naturais de qualquer ser humano. Realmente é muito difícil de responder a tantos anseios advindos do nosso âmago. Uma das perguntas que sempre me faço é de onde vem o ar que consigo respirar? Imagina que coisa tola, no entanto tão sublime e inexplicável. Embora cientificamente estudado, comprovado… Agora imagina querer tornar a existência de Deus palpável é muito complicado. É melhor viver pela fé, esperança e dias melhores, esperar pela morte e quem sabe assim descobrir a verdade. Eu mesmo creio muito em Deus e até agora não me arrependi de deixar de e ateia. Não é no que você crê ou deixa de crê que vai determinar o seu caráter e sim suas atitude.
[…] sou ateia. Primeiro porque, como disse o Alex neste excelente texto (lê lá, por favor, depois volta aqui), a vida simplesmente não faria sentido para mim se todos […]
[…] tá junto com quem fecha com o bonde do amor, da alegria e do respeito. Com Deus ou sem deus – e com rosários bem longe dos nossos ovários e dos nossos corpos, […]
se eu tivesse certeza da existência de deus, por definição eu deixaria de ser ateu.
Muito bom texto. Concordo com tudo, mas queria ouvir tua opinião a este respeito.
eu sou ateu, e não porque acho que deus não existe. Mesmo que existisse, eu não “acreditaria” nele, no sentido de cultuá-lo, obedecê-lo. Teria por ele o mesmo que tenho por qualquer outra forma de vida: respeito.
Não consigo vislumbrar para mim nada além de mim mesmo como juiz, mentor e executor. Tenho a minha ética e percebi nas tuas palavras o mesmo cenário.
Te pergunto: se você tivesse a certeza da existência de deus, deixaria de ser ateu?
Porra cara, são 3:45 da manhã. Comecei a ler textos seus ontem, lá pelas 23h. Não consigo parar.
Acabei de pular do texto sobre o Zen para cá. Admito que tinha todo um preconceito com a palavra “zen”. Mas a desmistificação do “zen” enquanto adjetivo logo no começo fez com que eu lesse até o final e me identificasse com essa “valorização do terreno”, pelo que eu entendi.
Na verdade acho que não entendi nada.
E para ser sincera, eu não pulei do Zen pra cá. Vim do “sentido da vida para ateus”, depois fui pro “cajuína” e aí sim que vim pra cá.
Mas falando desse texto aqui,
Não acredito em nenhuma forma de força superior. Talvez eu acredite no super-homem. Mas preciso maturar isso ainda.
Ao acabar de ler esse post tive a sensação de que vc comunicou o que eu sempre senti, mas que eu não havia ainda entendido e decodificado em mim mesma: Não acredito em definição de vida pelo viés coletivo, não preciso de uma força maior para me confortar, não acho que minha vida, tal como ela é, deixe de valer a pena ser vivida porque eu não creio em alguma entidade manipuladora de destinos ou qualquer outra coisa. Ela pode não fazer sentido. E tudo bem. Eu posso significá-la e ressignifica-la, escolher o caos ou não escolher nada. Foda-se.
Não conseguiria viver sem meu livre-arbítrio de verdade. Do jeito que ele é. E quanto mais eu leio e vejo as coisas, sinto que mais livre ele se torna e isso é maravilhoso.
Aleatoriedade
Uma das formas de se praticar o Zen deve ser almejar chegar naquele estado de fluxo de concentração, sabe? Quando vc esta tão imerso em alguma coisa que parece que até seu cérebro faz as sinapses dele mais rápido e tudo fica menos turvo em relação ao que vc esta fazendo no momento.
Acho um argumento um tanto estranho quando pessoas falam que nao podem suportar a ideia de que tudo simplesmente desapareça e se desvaneça assim como um computador quando se tira o fio da tomada ou como uma formiga quando eh esmagada por uma criança. Precisam do conforto de acreditar em algo maior… bom, o conforto em si nao faz disso uma verdade, assim como o conforto de querer acreditar que sua mulher nao esta te traindo nao tira o ricardao de dentro do armario ou nao apaga o batom na cueca
Como de costume, amei.
Aos poucos vou ‘te’ lendo, uma pequena dose diária, mas você tem muitos escritos, portanto, tenho tempo pela frente.
Belíssimas palavras! Estão muito próximos daquilo que acredito.
Sou de uma família totalmente cristã e cresci e vivi no mundo religioso por muitos anos.
A verdade é que a ideia do teísmo no ser humano já é imposta desde seu nascimento pela sua família, o que acaba fazendo com que as crenças e ideais inevitavelmente acabem sendo os mesmos. Afinal, a essência da nossa personalidade e forma de pensar nada mais é do que aquilo que vemos e vivemos e, no caso das crenças, isso é muito mais explícito do que qualquer outra coisa.
Com o passar do tempo o homem consegue desenvolver uma autonomia intelectual a ponto de criticar aquilo que vive. Algumas pessoas são mais e outras menos críticas com relação a sua própria vida.
Eu sou dessas pessoas que não aceitam simplesmente seguir algo sem uma base fundamental mínima sólida. Então, juntando esses fatores e deixando de lado a “preguiça intelectual”, resolvi dar uma aprofundada nos dois mundos.
O resultado que obtive são basicamente as palavras de Alex. Desde então me sinto uma pessoa muito mais livre, mantendo os bons princípios que aprendi com minha família, mas sabendo que essas escolhas são minhas, não são regras que tenho que seguir para alcançar a felicidade eterna. Enquanto estiver vivo somente eu serei responsável pela minha própria felicidade e sou eu quem deve trilhar o rumo para atingir meus objetivos.
Religião não é o ópio da massa, é o placebo dela.
Uma freira fala para House: ?A Irmã fulana acredita em coisas que não são reais? House responde: ?Pensei que esse fosse uma exigência para sua atividade?
Se argumentos racionais funcionassem com pessoas religiosas, não haveria pessoas religiosas.
Algumas coisas são verdadeiras acredite nelas ou não.DR House
“você acredita em algo sobrenatural?”
eu acho impossível por definição que exista qualquer coisa sobrenatural. se existem pessoas que tem o poder de ler pensamentos ou entortar garfos, isso é tão estritamente “natural” quanto pessoas que tenham o “poder” de nadar ou de desenhar.
como algo poderia ser sobrenatural?
então, não, com certeza, seria mais fácil eu acreditar em deus do que em algo “sobrenatural”.
e sim, já frequentei terreiros de umbanda e centros espíritas, entre outros, e vi muitas coisas que eu não saberia explicar, mas a minha falta de conhecimento e de explicação não quer dizer que sejam “sobrenaturais” assim como arco-iris não era “sobrenatural” antes que newton explicasse o seu funcionamento.
os arco-iris sempre foram 100% naturais, mesmo quando as pessoas não os entendiam…
abração.
Alex, você acredita em algo sobrenatural? Nada? Pq porque religiões e Deus são coisas bem diferentes, certo? Então acredito que você já tenha ido a vários lugares (centro espirita, umbanda…) e nunca tenha visto nada com os próprios olhos que comprovasse algo além de filmes, livros e mulheres para comer, certo? Ou você simplesmente leu alguns livros, viveu seus anos de vida (que não são nada em vista do tempo que existe, universo, sistema solar e humanidade) refletiu sobre essas coisas e chegou nesta conclusão? E após isso não teve vontade ou humildade (quem sou eu pra dizer) de ir em algum lugar que pudesse desafiar sua opnião?
PS: pode parecer que sou contra sua escrita, mas sou um leitor de seus textos no PDH e gosto muito do que você escreve e acho legal que mesmo sem acreditar em algo maior você parece buscar uma melhoria como pessoa, coisa que muitos que dizem ter religião e acreditar em Deus não fazem.
Prezado Alex,
Gostei muito do seu texto. Achei muito legal e inspirador.
Uma análise isenta e honesta dos fatos realmente nos leva a essas suas conclusões em relação aos modelos e receitas de Deuses que nos oferecem todos os dias por aí. Todos tirando proveito da nossa eterna insatisfação com a condição de mortais. Fato é que, independente de religião, todos procuramos uma alternativa para o que nos parece óbvio. O fim da existência representado pela morte. Acho essa busca válida e totalmente justificada. Todo ser vivo deve perseguir essa resposta sim e não desistir dela nunca até obter uma resposta. Mais inteligente que isso contudo é trabalhar com a pior hipótese e tentar revertê-la. Por que não admitir que a morte é o fim e perseguir a imortalidade ? Esse ideia não é nova. E é o que a ciência tem feito. E a julgar pelo tempo que vem fazendo, se considerarmos que a prática da ciência em escala e de forma sistemática não tem nem 200 anos, o sucesso tem sido estrondoso. A expectativa de vida no mundo civilizado quase dobrou nos últimos 100 anos e a perspectiva, com os avanços dos conhecimento na área das ciências biológicas no século XXI, são muito animadoras. Arrisco a dizer que a humanidade alcançará a imortalidade nos próximos 200 anos. Isso, claro, se o mundo não acabar ou não retroceder à idade média em função de alguma “guerra santa”.
[…] SOU ATEU PORQUE PRECISO (Alex Castro) […]
[…] meu texto Sou ateu porque preciso, um leitor perguntou: Como alguém, um ser humano, consegue suportar a ideia de que, a qualquer […]
Replico o primeiro comentário: “seu texto explica perfeitamente com palavras o que eu so tinha até entao na minha mente, e nunca conseguia explicar o porque de ser ateu. obrigado Alex.”
seu texto explica perfeitamente com palavras o que eu so tinha até entao na minha mente, e nunca conseguia explicar o porque de ser ateu. obrigado Alex.
“O cristianismo, se é falso, não tem nenhuma importância, e, se é verdade, tem infinita importância. O que ele não pode ser é de moderada importância.” C. S. Lewis
Achei seu texto muito pertinente, você está corretíssimo se existe Deus então estamos sujeitos às suas vontades e não existe liberdade. O problema é que não tem muito pra onde correr somos as marionetes no projeto cósmico. O que alivia minha alma é saber que estou sendo controlado por quem me criou e conhece todas as minhas nescessidades, por um Deus que me promete amor, paz, vida e mais um monte de outras coisas que eu gosto. Mas ele te dá esse livre-arbitrio (que eu realmente não entendo muito bem), então vocẽ nescessariamente não precisa segui-lo, e se não segui-lo você não vai ficar sendo torturado pela eternidade, vai só morrer (por que só Nele se tem Vida). Eu escrevi esse texto pra te dizer que infelizmente você vai estar inexcusável no fim, sinceridade não salva ninguem, só a Verdade.
“É curioso como não há um ateu sequer que não seja cristão.”
Eu fiz esse comentário e me esqueci, Alex. Desculpe. Você me pediu uma explicação e só agora vi isso nos comentários.
Bem, a ideia de deus que você apresenta no seu post é uma ideia bem específica. Não combina, por exemplo, com a ideia da filosofia hindu, mãe do zen. Brahma não é um deus que impõe regras ao mundo, nem é uma “força divina caprichosa”. É uma ideia tão diferente que nem parece, para nós, formados em uma cultura cristã, referir-se a uma divindidade.
Enfim, eu estava só pensando que as ideias de deus ou deuses ou algo que o valha são tão variadas que podemos até dizer que existe uma ideia de deus no budismo: uma ideia ateia de deus, um mundo sem sentido e sem destino. E quando leio um texto sobre ateísmo, geralmente vejo o autor lidando com a ideia cristã de deus. Por isso comentei que os ateus (isto é, os que se autodenominam ateus) são cristãos. Monges zen e hindus podem ser ateus, num certo sentido, mas nunca vi um deles se denominando assim.
[…] leitor fez uma pergunta aqui e respondi com um texto acolá. leiam e me digam o que acham. é um texto […]
É só uma desculpa,o religioso não procura sentido para a vida, o que tem mesmo é medo de morrer, instinto de sobrevivencia, e alguns se agarram em coisas ilógicas…Como vida eterna se nem o universo é eterno?
Diante do texto, tenho apenas uma humilde pergunta a todos ateus que se sentirem a vontade para responder: Com alguém, um ser humano, consegue suportar a ideia de que, a qualquer sopro malfadado do destino, pode morrer e simplesmente sumir? Nunca mais sentir, amar, sorrir, brigar, pensar, EXISTIR? Sinceramente, não consigo suportar tamanho desespero. Sou teísta por esse motivo, por puro e simples desespero tacanho. E me pergunto se essa fé às avessas não me faz automaticamente ateu, já que admito a existência de um Criador e Coordenador meu e nosso, apenas para suprir uma necessidade existencial. Para a minha pobre consciência simplesmente e inadmissível deixar de existir. E existir pra que se tudo vai, se todos os filmes acabam (até sua criadores que têm seus devidos créditos passam desapercebidos pela maioria), se todos os livros se consomem e se todas as mulheres comidas ficam velhas e se vão das nossas vidas? Para mim, viver e pensar, e ter senso crítico: e ai, diante de tal aro me vejo perante o abismo da inexistência. A alienação me parece bem mais agradável. Francamente, sou teísta porque preciso. E não sou tão mais covarde por isso.
Eu quero declarar aqui que eu mesmo sou um milagre de Deus.aos 20 anos de Idade me envolvir com a homossexualidade.fiz coisas inimaginaveis transei com vários homens.Aos 26 anos abrir um ponto de prostituição com mulheres e homossexuais.era um antro de perdição,ganhei muito dinheiro,cm esse dinheiro que ganhei com esse ponto de prostituição fui para os estados unidos,onde fiz uma cirurgia para fazer uma vagina tirando o meu penis é claro.depois da cirurgia que foi um sucesso Absoluto,voltei para o Rio de Janeiro onde me casei com um Empresario do ramo de imobiliaria.estavamos juntos a 4 anos quando tive um encontro com Deus que acabou com toda essa fantasia demoniaca do diabo.hoje eu não sinto desejos mais por homens.terminei com o relacionamento que estava tendo com o empresario e levo a minha vida muito bem só tenho hoje desejo por mulheres eu estou namorando com uma colega de trabalho e ela sabe o que eu vivi e em breve estarei fazendo uma cirurgia para um implante peniano onde eu voltarei a ter meu penis de novo.Então hoje eu sou o milagre de Deus.Quem é Ateu eu digo Deus Existe e ele está no meio de nós!!!!! pode Acreditar!!!!!
Seu ateu desprezível, vc é um verme que vive na merda nojento, asqueroso,e eu não leria uma das bostas dos livros que vc escreve nem que me pagassem. VAI TOMAR NO CU.
Santo Agostinho em sua ‘Cidade de Deus” divide as pessoas, a minoria, em filhas de Deus e a imensa maioria em filhas do diabo e estão construindo a cidade do diabo. Você é um filho do diabo, não resta dúvida.
Santo Agostinho em sua “Cidade de Deus” afirma que há duas espécies de pessoas: as que são filhas de Deus e as que são filhas do diabo. As que são filhas de Deus estão construindo A Cidade de Deus e as que são filhas do diabo estão construindo a cidade do diabo. Não resta a mínima dúvida de que você é filha do diabo. Ele é seu PAI.
Bom, eu li todo o texto e boa parte dos comentarios… Sobre o texto eu concordei plenamente, porque tudo que eu ouço, quando as pessoas perguntam porque eu sou ateu quando veem que eu uso um colocar com um crusificço de cabeça para baixo, são sempre as msma perguntas e as msmas respostas. Mas sobre isso eu tenho minha opnião e isso me conforta oque e o suficiente mas, diante dela me surgiu um questonamente muito bom eu vou deixa aqui pra quem quiser opnar.
Vou usar dois personagens Jesus e Judas o’que não importa quem eles foram e so uma forma de fazer a pergunta.
– Judas: Jesus, qual o proposito da vida?
– Jesus: O proposito da vida e Deus por que?
– Judas: Se e Deus, então eu vou virar um Deus também certo? Jas que sou filho dele também!
(Vou dar 2 respostas.)
– Jesus:¹ Sim.
– Judas:¹ Quando? Ja que fomos consagrados a viver enternamente diante da ressureição!
– Jesus:¹ …
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– Jesus:² Não.
– Judas:² Por que? Deus não quer niguem ao lado dele?
– Jesus:² …
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Deixem sua opnião, isso não e nada a ser levado a serio e so um questinamento sadio.
Acho engraçado quando as pessoas dizem que “se não há nada depois da morte, então a vida não tem sentido”.
Por que o sentido não pode estar na própria vida?? Por que tem que ser em algo que acontece depois que vc morre??
Quer dizer que viver esperando por algo que supostamente acontece depois da morte é que faz sentido? Sério mesmo?
Me parece que, de acordo com os argumentos do texto, o que vc precisa não é ‘ser ateu’, vc precisa ‘não pertencer a religiões com conceitos limitados e congelados’. Pq os conceitos de existência de um além após a morte são muito mais amplos do que os apresentados aqui, tão amplos quanto a quantidade de pessoas existentes na Terra, e se fosse para escolher entre ser ateu ou as alternativas do seu texto, eu tbm escolheria ser ateu. Nasci e cresci católico, e entendo as frases que começam com “não suportaria” pq um dia eu percebi que viver num mundo à lá catolicismo estava ficando cada vez mais insuportável. Mas penso que para essas crenças, sejam quais forem, vale o ditado: a diferença entre antídoto e veneno é a dose.
Engraçado como esse negócio de fazer sentido gera diferentes pontos de vista, até mesmo opostos. Tenho em mente que se a morte é desaparecer, apagar, um literal sono eterno, aí sim é que a vida que a gente viveu deixa de ter sentido, a princípio para a própria pessoa, mas depois que todos morrerem, sua vida tbm deixou te ter sentido para todos eles. O fim da novela, os filmes que vc viu, os livros que vc leu e escreveu, as pessoas com quem se relacionou, tudo isso desaparece como se nada tivesse acontecido, perdendo todo o sentido. Enfim, tbm encontrei em que e como preciso acreditar.
as xs nem quero saber o final dessa novela, não!
deus me livre de ser eterna! :)
Fica tranquilo. As evidências estão em sintonia com tua paz de espírito.
Eu estou com o Eduardo. Acreditar ou deixar de acreditar em algo por conveniência não faz sentido. Vontade não muda a realidade. A verdade é sempre melhor do que a ilusão.
Católica demais essa sua ideia de deus. Ou Deus, que seja.
“É curioso como não há um ateu sequer que não seja cristão.”
Hã?
É curioso como não há um ateu sequer que não seja cristão.
Oi Alex,
Todo mundo já teve ou tem tal dúvida. Todavia, acho que independente de qualquer situação positiva ou não, seguir em frente e torcer para estejamos mesmo errados pra poder consertar, pode ser uma saída. Hoje sou fria para algumas questões, mas momentos difícies exigem alternativas, ainda que sob a ordem do intangível.
Abraços,
Lu
O fato é que você NÃO ENTENDE Deus.
“…baseado no que fiz ou deixei de fazer nesses poucos anos terrenos…”
Ta aí um exemplo de que você não tá entendendo muito bem o que é religião, Alex. Isso é aceito por algumas, e não por outras. Cara, você deveria procurar conhecer um pouco mais antes de fazer esse tipo de crítica tão simplória.
Eu sou ateu, mas não acho nós fazemos esse tipo de escolha. Não escolhi ser ateu “por que é melhor”, quem tem fé não “escolheu ter fé por que é mais vantajoso”. Não se escolhe esse tipo de coisa da mesma forma que se escolhe qual lubrificante você vai por no seu carro, pondo um do lado do outro e comparando qual é mais apropriado. O buraco é mais embaixo.
Seguem algumas palestras bem legais, se puder por favor assista.
http://bigideas.tvo.org/episode/142676/david-sloan-wilson-on-religion-and-other-meaning-systems
http://ww3.tvo.org/video/163562/jordan-peterson-necessity-virtue
Abraço.
Brilhante, Alex. Eu tenho tentado explicar as coisas nesses termos. Acreditar em deus é uma questão moral e não epistemológica. Precisamos decidir se é melhor acreditar em deus, quer ele exista ou não, ou se é melhor não acreditar em deus, quer ele exista ou não.
Eu concordo com você. Acreditar em deus é uma má ideia, em todos os cenários possíveis.
Forte abraço
Na verdade, eu penso que essa questão de não acreditar em reencarnação pode ser visto como um estimulante, não como algo ruim. É só você pensar: “Putz, eu não vou ter outra vida, essa é a minha única chance. Eu tenho sorte de estar aqui, então vou aproveitá-la. É agora ou nunca.”
Vê, não acredito em deus e não acredito em reencarnação, e a partir do momento que me dei conta dessas duas questões, virei a minha forma de ver o mundo e a minha própria vida de cabeça pra baixo, de uma forma muito boa e produtiva.
Tudo depende, no fim, da sua perspectiva em relação ao assunto. Eu prefiro ver o lado bom.
Acho que a existência de um deus não tornaria minha vida insuportável não, contanto que ele ficasse no seu canto e evitasse, nos momentos de piti, afogar ou queimar todo mundo.
Já a reencarnação, ao menos através da minha perspectiva, soa maravilhosa. A eternidade enclausurada em uma única vida parece assustadora, mas a mesma num ciclo eterno de nascimento e morte seria perfeita.
E isso resolveria dois problemas básicos:
1° Morro de medo de morrer, mas nesse sistema eu nunca morreria 100%
2° Não faz sentido ser eterno pra chegar num ponto de saturamento no qual nada mais seja novo e interessante. Mas se eu puder renascer, pronto, problema resolvido.
É uma pena que quando morrermos, simplesmente morreremos e nada mais. Mas tomara que eu esteja errado.