um sonho.
que toda embalagem de carne orgânica tivesse uma pequena bio do animal que deu sua vida para nos alimentar.
“essa é a giselda, uma galinha. ela veio ao mundo no dia 3 de maio de 2013. ao longo da vida, ela botou 50 ovos, dos quais 10 chocaram. nenhum dos seus pintinhos macho foi triturado. ela gostava de tomar sol encostada em uma mangueira. um dia, ela encarou um gato para defender sua ninhada. depois de viver uma vida bela e plena, giselda foi abatida no dia 20 de dezembro de 2014, para alimentar você e sua família.”
7 respostas em “vacas felizes”
Não coma.
quero acreditar que Alex fez um comentário sarcástico e uma crítica velada para fazer as pessoas pensarem nisso. O resto é obvio para mim, mas não para bilhões. Eu também fui cego para isso e ainda sou para centenas de questões. Lembrar à mente algo para que não se esqueça rápido o que o prazer mascara é uma grande disciplina. Expandir essa consciência para todas as esferas, lembrando o quanto somos ignorantes em tanta coisa e não querer expor a atual ignorância dos outros, da qual ja fizemos parte exige muita sensibilidade.
Há muitas utilidades em cada crítica, mas para se tornar resultado ela precisa atingir alguém. Tenho certeza que Alex atinge muita gente.
Acho a expressão “abate humanitário”, bastante utilizada, uma pérola do marketing.
“Olha, eu vou te matar… Vou tirar a sua vida… Mas vou fazê-lo de uma forma bem bacana, viu?”
hahahaah exatamente. na bomba de gasolina, também teria a historinha de como o ar e a água escolheram voluntariamente se poluir para você poder encher o tanque do seu carrão. :)
oi fernando. me parece claro que um animal que foi violentamente morto (e à revelia, naturalmente) não pode ser considerado como tendo “dado sua vida para nos alimentar”. :)
Oi, Alex. Há vários problemas com os animais de produção ditos felizes — um deles é o conceito de que o bicho “deu sua vida para nos alimentar”, quando o mais correto é “sua vida lhe foi tirada para nos alimentar”. Também há diversos estudos sobre como medidas de bem-estar animal só são utilizados pela indústria na medida que aumentem os lucros — se a medida for do interesse do bicho, mas não for interessante economicamente, ela é ignorada. Não sei até que ponto a biografia do bicho nos ajudaria a criar empatia com ele — no máximo, vejo ela sendo útil para aliviar nosso ego da denúncia de que, bem, sim, um bicho foi morto sem necessidade pro nosso prazer.
ah, conta mais….começa lá no começo: essa era uma floresta, que foi devastada e virou pasto….66 galões de água foram usados para regar a plantaçao de soja geneticamente modificada, que alimentou a vaquinha….aí essa sortura que pastou solta (diferente de mtas outras que viveram confinadas), foi estuprada diversas vezes para se manter grávida, não pode cuidar de seus filhotes, pq o leite deveria ir para mesa dos humanos….um belo dia qndo ela não pode mais suportar, foi abatida de um jeito super humanitário, para alimentar vc e sua família. Sem antes esquecer que os gases produzidos na vida miserável dela aquece o nosso singelo planetinha, muito mais do que todas indúsitrias e carros juntos. FIM <3